Por Redação | O Magazine Luiza (MGLU3) vai realizar um aumento de capital de R$ 1,25 bilhão que será subscrito pelos acionistas controladores – a família Trajano – e, se necessário, em parte menor, pelo BTG Pactual (BPAC11), segundo fato relevante ao mercado neste fim de tarde de domingo (28).
A operação vai ocorrer dentro do limite do capital autorizado previsto no estatuto social da companhia e contempla a emissão para subscrição privada de 641.025.641 ações ordinárias, ao preço fixado de R$ 1,95, o que representa um desconto de 5% sobre o preço médio ponderado por volume negociado na sexta (26).
A operação será realizada no montante de até R$ 1 bilhão subscrito pelos acionistas controladores por meio de “determinados contratos e acordos de derivativos com o BTG Pactual”, segundo o documento, em referência principalmente à fundadora e presidente do conselho, Luiza Helena Trajano, e o seu filho, o CEO Frederico Trajano.
“Adicionalmente, o BTG se comprometeu a subscrever ações, no montante total de até R$ 250 milhões, sujeito à disponibilidade de sobras, sendo que tais ações não serão objeto do acordo de derivativos celebrado juntamente com os acionistas controladores”, explicou a empresa.
“[A operação] é uma demonstração de confiança dos controladores na companhia e em seu modelo de negócios, com potencial de aumentar sua participação acionária de 56,4% para 58,4% do capital total”, afirmou a empresa sobre o aumento de capital.
Ainda segundo o fato relevante, o aumento de capital tem por finalidade:
- (i) a aceleração dos investimentos em tecnologia, incluindo a expansão do Luizalabs e a evolução da plataforma de marketplace, experiência do usuário (UX) e dos serviços de Advertising, Fintech, Fulfillment e Magalu Cloud;
- (ii) a otimização da estrutura de capital da companhia.
O aumento de capital acontece em um momento em que as ações da varejista ensaiam uma recuperação em relação ao preço mais baixo de 2023, em novembro, quando atingiram R$ 1,33 – o ciclo de queda das taxas de juros tem favorecido a empresa, reduzindo as despesas financeiras e estimulando o consumo.
Desde então, a valorização foi de mais de 50%, para R$ 2,08 no fechamento da sexta-feira (28), mas ainda abaixo da metade da cotação de um ano atrás.
Fonte: Bloomberg Linea