Por Cesar Ferro | O varejo farmacêutico brasileiro deve movimentar até US$ 43 bilhões (R$ 209 bilhões) neste ano, com forte protagonismo do e-commerce e do mercado digital. As informações são do E-Commerce Brasil, com base em indicadores da Interfarma.
Esse é um movimento observado desde 2020, muito em parte impulsionado pelos períodos mais restritos do isolamento social causado pela pandemia da Covid-19.
Nesse cenário, as vendas por meio digital têm se tornado cada vez mais protagonistas, tanto no ambiente B2B, quanto B2C. “O desafio para que o setor continue crescendo é entender como melhor atender os consumidores finais”, aponta o CEO da Intaleap, Antonio Nunes.
Varejo farmacêutico ainda tem muito para avançar
Apesar de o varejo farmacêutico estar preparado para o mundo digital, o mercado brasileiro ainda tem a aprender quando comparado com os líderes internacionais.
Nos Estados Unidos, US$ 1,1 trilhão (R$ 5,3 trilhões) são movimentados com o e-commerce, entre negócios empresa-empresa e também com foco no consumidor final.
Por aqui, principalmente no que diz respeito às farmácias, o mercado é mais “analógico”. Estima-se que algo em torno de 82% das farmácias ainda não vendem por plataformas online.
Varejo farmacêutico já o terceiro do mundo
Se 82% das farmácias ainda não vendem por plataformas digitais, o e-commerce das farmácias já são sim significativos. O Brasil tem o terceiro mercado digital mais representativo.
O país é o terceiro do mundo com maior participação das vendas online sobre o faturamento total do setor. O percentual já é de 11,6%, inferior apenas aos índices da Alemanha e dos Estados Unidos.
Os dados da IQVIA levam em consideração o desempenho no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período dos anos anteriores. Em relação a 2022, o valor passou de R$ 1,9 bilhão para R$ 2,7 bilhões. O avanço foi de 42,3%.
O salto é ainda maior quando se compara com o primeiro trimestre de 2021, que apresentava vendas na casa de R$ 1,3 bilhão. Nos três primeiros meses de 2019 e 2020, período anterior à pandemia, a representatividade era de apenas 2,7% e 3,4%, respectivamente.
Fonte: Panorama Farmacêutico