Por Celso Masson
Uma cidade suíça na divisa com a Itália inspirou a criação de uma empresa dedicada a confeccionar chocolates finos na turística Gramado (RS). Apesar do nome, a Lugano usa matéria-prima 100% brasileira, com cacau produzido no Pará, plantado à sombra das árvores da Floresta Amazônica, onde a menor incidência de sol resulta em um fruto de alta qualidade. Fundada em 1976, a empresa foi comprada por Ronaldo Schwingel em 1985. Ele empregou na fábrica seu genro, Enor Francisco Terres da Luz, que ficaria conhecido como Chico da Lugano. No início eram apenas três funcionários — incluindo a filha do dono, Rosmari. Agora, ao lado dos filhos e de uma equipe com experiência em grandes redes varejistas, a meta é espalhar os sabores de Gramado por todo o Brasil em uma rede de franquias. A expectativa é abrir 300 lojas até o fim deste ano.
A abertura de franquias teve início em 2018 e vem puxando os números da Lugano para cima. A produção atual supera 70 toneladas de chocolate premium por mês e o faturamento passou de R$ 100 milhões em 2022, contra R$ 80 milhões no ano anterior, quando a marca passou a exportar para os Estados Unidos.
LE CHEF Para que a estratégia de expansão decole, o primeiro passo foi a flagship em São Paulo. Inaugurada no ano passado na Avenida Paulista, ela funciona como vitrine dos produtos que a Lugano oferece. Há vinhos de rótulo próprio, cafeteria, itens para presentear e até produção de chocolates personalizados no espaço Le Chef. Segundo o diretor de marketing e operações da Lugano, Jonas Esteves, a loja apresenta a diversidade de produtos da marca de um jeito inovador, “oferecendo uma experiência tão agradável que a compra ganha outra motivação”. Do mobiliário ao cardápio, o espaço emula a experiência de quem visita a Lugano em Gramado, onde funcionam cinco unidades da rede e um parque temático está nos planos. Ele será baseado no Luguito, personagem que se tornou símbolo da empresa.
O plano de crescimento tem priorizado destinos turísticos, caso de Campos do Jordão (SP), do Beach Park de Fortaleza (CE) e de Porto de Galinhas (PE). Além das lojas próprias e franquias, há um modelo menor, de quiosques, cuja primeira unidade foi aberta em Maringá (PR). No final de fevereiro, um segundo quiosque passou a atender os passageiros do aeroporto internacional de Viracopos, em Campinas (SP). A expectativa é chegar a 100 pontos nesse formato ainda em 2023.
Fonte: IstoÉ Dinheiro