02/02/2015 às 05h00
Por Cibelle Bouças | De São Paulo
A holandesa C&A, maior companhia de varejo de moda no país em receita, segundo a consultoria Euromonitor, planeja abrir 29 lojas no mercado brasileiro este ano, mantendo o mesmo ritmo de expansão de área de 2014.
Paulo Correa, vice-presidente comercial da C&A, disse que a varejista abriu 29 lojas no ano passado, uma a mais que em 2013, chegando a 290 unidades em operação. “O diferencial em relação a outras redes é que, por fazer parte de um grupo de capital fechado e europeu, a estratégia é muito voltada ao longo prazo. O plano de investimentos não muda tão rapidamente. O desenho para este ano é manter o mesmo ritmo de abertura de lojas” , afirmou Correa.
O executivo ponderou, no entanto, que o atraso na inauguração de shopping centers pode impedir a companhia de alcançar a meta de 29 lojas neste ano. “É um motivo de preocupação como será o ritmo de abertura de shoppings e
centros comerciais neste ano, porque em 2014 já houve atraso”, disse.
Correa afirmou ainda que a rede de varejo de moda está atenta às perspectivas de crescimento zero na economia brasileira, de queda no índice de confiança dos consumidores, inflação alta e encarecimento do crédito. E
acrescentou que a C&A vai trabalhar para levar novas propostas de valor para
suas coleções, com o objetivo de manter o ritmo de crescimento. Na sexta-feira, a varejista inaugurou sua loja virtual, como parte dos planos de expansão. O site estreou oficialmente ao meio dia. “O nível de conversão está acima do que a empresa imaginava para o primeiro dia”, afirmou Correa, sem citar números. Essa é a segunda tentativa da C&A de montar um comércio eletrônico no Brasil. Há 13 anos, a varejista teve uma experiência frustrada na internet
brasileira. Na Europa, a C&A possui sites de comércio eletrônico em 21 países. A companhia não divulga qual a receita obtida com a operação online. Nos últimos anos, as varejistas tradicionais de moda reforçaram a operação
na web, aproveitando o crescimento desse segmento. De acordo com a consultoria ebit, a categoria moda e acessórios é a que apresenta maior volume de pedidos na internet e está entre os segmentos com melhor desempenho, com crescimento superior a 30% ao ano. As vendas pela
internet, no entanto, representam apenas 3% da receita do setor.
Valor Econômico on-line – SP