A Lemon foi escalada para tocar esse projeto no Brasil, o que pode significar 290 mil toneladas de CO2 a menos na atmosfera
Por Rodrigo Loureiro
Pouco mais de um ano de meio atrás, a Ambev investiu, através da Z-Tech, seu braço de inovação e tecnologia, na Lemon Energia, uma startup que conecta usinas de energia limpa de fonte solar ou eólica com a rede de grandes distribuidoras e gera créditos que são descontados das empresas que são clientes da startup.
Agora, a Lemon está se tornando uma peça fundamental em um plano da dona das cervejas Skol, Brahma e Antarctica de levar energia limpa para 250 mil bares, restaurantes, casas de show e estádios de futebol no Brasil até 2025.
A startup é a empresa que vai liderar no Brasil um plano global da Budweiser, uma das marcas da cervejaria AB Inbev, dona da Ambev, de levar energia limpa para bares e restaurantes ao redor do mundo.
Chamado da “The Energy Collective”, a iniciativa tem o objetivo de levar energia totalmente limpa a estabelecimentos comerciais com as quais a cervejaria se relaciona.
“A Ambev no Brasil tem cerca de 1 milhão de pontos de venda”, diz Rafael Vignoli, cofundador e CEO da Lemon, em entrevista ao NeoFeed. “A gente quer democratizar a solução.”
No Brasil, se a meta for alcançada, isso deve resultar em 290 mil toneladas de CO2 a menos na atmosfera, o que equivale ao “trabalho” mais de 4 milhões de árvores por mês.
A iniciativa também deve ajudar a Ambev em seu plano de zerar as emissões de carbono próprio e de terceiros de sua cadeia de valor até 2040.
Fundada em 2019 por Vignoli, Rafael Mezzomo, Luciano Pereira e Ariel Amar, a Lemon desenvolveu um modelo em que não há custos ou instalação de placas solares nos bares. Desde então, a Lemon já opera com 2,7 mil estabelecimentos concentrados em São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Brasília. O plano é chegar em 10 estados até o fim deste ano. No radar estão Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, entre outros.
O negócio já gerou uma redução de 2,3 milhões de toneladas de emissões de carbono que deixaram de ser emitidas na atmosfera. Houve também uma economia de R$ 3,7 milhões nos gastos com eletricidade. “A conta de luz tem um peso muito grande no bolso do pequeno empreendedor”, diz Vignoli. “É uma alternativa simples e sustentável.”
Os planos da startup incluem ainda expandir o negócio para novas praças. Com o crescimento da operação existe a possibilidade que a Lemon recorrer ao mercado em busca de um novo aporte. Além da Z-Tech, da Ambev, a Lemon captou recursos com Canary e Big Bets, além de investidores-anjo.
Fonte: Neofeed