Marketplace chinês abre plataforma para sellers brasileiros e reforça concorrência no mercado nacional
O AliExpress abriu em agosto sua plataforma para vendedores brasileiros. O país é o primeiro das Américas e o sexto no mundo a receber essa modalidade de venda interna. Vir para o mercado brasileiro já estava no roadmap da companhia do grupo Alibaba: “Essa é uma grande oportunidade. O Brasil é bem relevante, o e-commerce brasileiro é como um local com capim alto que ainda precisa capinar”, compara Viviane Almeida, Gerente Comercial do AliExpress Brasil.
Com a nova investida no país, o AliExpress passa a concorrer diretamente com grandes incumbentes nacionais e internacionais que possuem marketplaces com a venda de produtos de parceiros, como Magazine Luiza e Mercado Livre. Em um cenário cada vez mais competitivo no mercado nacional, um dos desafios da companhia chinesa está na logística, uma vez que a empresa ainda não possui centros de distribuição próprios em território nacional.
Os vendedores brasileiros cadastrados na plataforma podem optar por utilizar uma operação de logística própria ou o sistema da AliExpress. Nesse último caso, existe uma grande dependência dos Correios, já que a estatal é o principal parceiro da Caniao, a empresa de logística do grupo Alibaba que coordena o envio de itens comprados no marketplace.
“Privatização dos Correios é um ponto de atenção. A empresa é nossa parceira estratégica, mas estamos evoluindo o projeto e, em curtíssimo prazo, vamos introduzir outros parceiros. Nossa operação não vai ficar com um gap”, afirma Viviane.
Segundo o AliExpress, a maior parte dos produtos comprados com vendedores brasileiros é entregue em 3 a 4 dias – com exceção daqueles enviados para locais muito distantes. A questão é que existe uma verdadeira guerra entre as varejistas pelo delivery mais rápido do país. A entrega ultra-rápida é encarada como uma forma de conquistar o cliente. Empresas como Magazine Luiza, Americanas e Mercado Livre já fazem entregas em horas em algumas cidades.
Acelerar está nos planos do AliExpress, que diz investir muito em logística, inclusive em um centro de distribuição, apesar de ainda não haver uma previsão para a abertura da infraestrutura no país. “Quando tivermos o centro de distribuição, vamos oferecer serviços de logística flexíveis. Nossos compradores poderão receber produtos talvez no mesmo dia ou no dia seguinte. Vamos oferecer pick-up points para que os compradores possam receber os produtos”, explica o Head de Local Marketplace na América Latina do AliExpress, Yaman Alpata.
Fonte: The Shift