E-wallets como PayPal e Mercado Pago já respondem por 12% do e-commerce brasileiro, o equivalente a US$ 13 bilhões em 2020
Por Rennan Setti
Com o imperativo das compras on-line esbarrando na escassez de contas bancárias na pandemia, as carteiras digitais se consolidaram como alavanca do e-commerce. E-wallets como PayPal e Mercado Pago já respondem por 12% das compras do comércio eletrônico brasileiro, segundo dados inéditos do Ebanx e da consultoria Americas Market Intelligence. Em volume, essa fatia representou US$ 13 bilhões em 2020.
A realidade é semelhante no restante da América Latina, onde a participação das e-wallets é de 11%. O volume processado por elas na região em 2020, que foi de US$ 20,5 bilhões, representou um aumento de 8% em relação ao pré-pandemia. Na Argentina — onde surgiu o Mercado Livre e, claro, seu Mercado Pago —, a fatia das carteiras digitais já é de 25%.
No Ebanx, start-up curitibana que processa pagamentos de e-commerces como AliExpress, Shein e Wish, três quartos dos clientes que usam e-wallets são novos — ou seja, nunca haviam comprado naquela loja antes. Dentre os sites com pagamentos processados pelo Ebanx, houve aumento de 5% na base de novos clientes nos e-commerces que aceitam e-wallets.
— Os dados demonstram que as carteiras digitais são um método de pagamento que efetivamente democratiza o acesso e traz novos consumidores ao e-commerce da América Latina — analisa Erika Daguani, diretora de produto do Ebanx.
Fonte: O Globo