Rede de vestuário apostou em elementos tecnológicos para reforçar a experiência de compra omnichannel por meio do reality da Globo
Por Bárbara Sacchitiello
Em março, a casa do Big Brother Brasil contou com a presença de outros “pessoas” além dos participantes que já estavam confinados para o reality-show. Em uma ação de realidade aumentada, a C&A realizou um desfile com hologramas para mostrar aos participantes os novos itens de sua coleção.
Algumas semanas depois, já no início de abril, a marca, que é uma das principais patrocinadoras da edição 2021 do reality, voltou à casa como protagonista da maratona de dança, uma prova que definiu a liderança daquela semana na atração. Na ocasião, os participantes tinham que permanecer dançando e, com pausas para montar um quebra-cabeças de peças do vestuário da C&A que era exibida em um telão. Nessas e em outras ações que a marca realizou na casa, sempre foi apresentado ao público um QR Code para que a audiência pudesse acessar diretamente o aplicativo e visualizar aqueles produtos.
Essas iniciativas, para a C&A, tiveram uma proposta que vai além de aproveitar a visibilidade do BBB para mostrar a marca a uma quantidade maior de pessoas. A presença no principal reality-show da Globo teve a missão de consolidar uma iniciativa que já vinha ganhando mais espaço no marketing da companhia nos últimos anos: posicionar-se como uma empresa de fashion tech.
“No ano passado tomamos a iniciativa de levar a C&A ao Big Brother e mostrar no programa nossa experiência digital, o que acabou sendo um movimento muito interessante porque coincidiu com o início da pandemia, que acabou impulsionando as compras online”, relembra Mariana Moraes, gerente sênior de marketing da C&A. “A C&A tem o compromisso de ser a primeira e maior fashion tech brasileiro, transformando a experiência omnichannel dos consumidores”, complementa.
Essa ideia, inclusive, pautou a criação do desfile dos hologramas, que pretendeu reforçar a atenção da marca com a tecnologia. A gerente sênior de marketing explica que, ao patrocinar o BBB, a empresa delimitou que o aplicativo seria o fio condutor de todas as suas estratégias e que a ideia era aproveitar o programa para mostrar a transformação da companhia para a proposta de uma atuação fashion tech. No caso do desfile, quem estava acompanhando o programa pela TV, ao fazer uso do QR Code, também pode ter acesso às imagens em realidade aumentada. Mariana conta que a ação conseguiu ampliar em 60% o acesso ao aplicativo da marca.
Como complemento às mensagens que procura passar no reality, a C&A também se preocupou em construir uma estratégia de comunicação que, segundo a companhia, aproveita os demais pontos de contato com a audiência. Cada ação exibida em prova no programa, por exemplo, ganha desdobramentos nas redes sociais da marca e também é trabalhada por um pool e influenciadores escolhidos pela empresa.
Para acompanhar toda a presença da marca do programa, desde janeiro, a C&A montou um war room, que reúne profissionais da rede de varejo e da Wieden+Kennedy, agência de publicidade da marca. Como parte dos figurinos dos participantes é oferecido pela empresa, também foi criada uma estrutura para a escolha e distribuição das peças utilizadas na casa. “Geralmente temos, no mínimo, seis pessoas acompanhando o programa continuamente para ver tudo o que está acontecendo e construirmos um diálogo com o público. Quando fazemos provas e ações especiais essa equipe chega a ter 25 pessoas”, conta a porta-voz.
Até o fim do programa, a C&A planeja fazer ao menos mais uma ação com os participantes, com o intuito de relembrar sua trajetória no reality. Na visão de Mariana, o segundo ano de participação do BBB vem correspondendo às expectativas da empresa. “Nossa presença no programa fez com que o programa ganhasse mais visibilidade. Hoje, as pessoas já associam a C&A ao BBB. Do ponto de vista concreto, temos mais participação em nossas vendas digitais e tivemos resultados ainda mais expressivos do que no ano passado”, conta.
Fonte: Meio & Mensagem