Por Cynthia Malta
A confirmação da varejista de moda Renner, feita na manhã desta segunda-feira, de que prepara uma oferta subsequente de ações chama a atenção pelo tamanho da captação pretendida – R$ 4,8 bilhões, podendo chegar a quase R$ 6,5 bilhões, considerando o lote adicional. Os recursos irão para o caixa e capacitam a empresa a entrar na onda de fusões e aquisições que vem se formando no setor de varejo de moda.
A empresa informou, no comunicado de hoje, como pretende aplicar o dinheiro e deixou uma brecha para uma possível aquisição, ou aquisições, ao usar a expressão “iniciativas orgânicas e/ou inorgânicas”. Segundo a nota, a verba irá para: “desenvolvimento e fortalecimento do ecossistema de moda e lifestyle por meio de iniciativas orgânicas e/ou inorgânicas; continuidade na digitalização dos processos core e no desenvolvimento do canal omnichannel; construção de um novo centro de distribuição; expansão das lojas físicas; expansão de serviços financeiros ofertados por meio da Realize; e flexibilidade para realizar investimentos.”
Conforme o Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor informou na noite de domingo, em reportagem de Adriana Mattos, Renner, C&A, Riachuelo (do grupo Guararapes), Soma e Dafiti são empresas que investidores avaliam que poderão participar de negociações — algumas na ponta compradora e outras, na vendedora. Isso sem falar na oferta feita pela Arezzo para combinar operações com a Hering — proposta recusada pelo conselho de administração. Avaliada em R$ 3,2 bilhões, a oferta mescla dinheiro e ações. Há expectativa de que a Arezzo possa voltar à mesa de negociações.
Fonte: Valor Econômico