Equilíbrio entre trabalho presencial e home office deverá ser a tônica no pós-pandemia, avalia diretor-presidente da varejista
Por Ana Laura Stachewski
Há um ano, empresas de todo o país começavam a adotar o home office em larga escala. Algumas já estavam melhor preparadas. Outras precisaram começar a adaptação do zero. Hoje, uma conclusão é comum entre muitas: o modelo tem suas vantagens, mas a melhor opção é o equilíbrio. “O mais importante é o que vamos levar daqui para frente: esse blend do trabalho à distância, que segue sendo adotado por grande parte dos profissionais, com o trabalho presencial quando fizer sentido e for necessário”, afirma Fabio Faccio, diretor-presidente da Lojas Renner.
Na empresa, esse modelo já é colocado em prática. A maior parte dos funcionários da área administrativa está trabalhando remotamente desde o início da pandemia. Com os escritórios vazios, Faccio conduz os negócios a partir da sede, mantendo contato online com todos e fazendo visitas periódicas às lojas e operações que funcionam presencialmente. “Chegamos ao modelo de trabalho omni, unindo o ambiente físico e online, em linha com a própria experiência de consumo dos nossos clientes, que já é multicanal.”
Segundo Faccio, as principais mudanças no período foram as de hábito, comportamento e de processos. A colaboração ganhou destaque, assim como as metodologias ágeis. Liderar as equipes à distância tem sido diferente e desafiador, segundo ele.
“Como tudo na vida, este novo modelo tem pontos positivos e negativos. A conversa durante o café e o encontro no corredor, tão comuns no passado, geravam ótimas trocas e inputs para os negócios. Por outro lado, ganhamos mais tempo, produtividade e uma qualidade de vida melhor com o uso das ferramentas digitais.”
Fonte: Época Negócios