Um levantamento do Datafolha, encomendado pela Associação Brasileira de Internet (Abranet), revela que o coronavírus também vem influenciando na maneira como os consumidores passaram a pagar suas compras. Segundo a pesquisa, 75% dos usuários de cartão de crédito responderam que tem o costume de efetuar suas compras de produtos ou serviços parceladas. Detalhe: este hábito é praticado mais pelas mulheres (78%) do que pelos homens (71%).
As compras de Vestuários/Joias (54%), Bens Duráveis (39%) e Farmácias (34%) são as preferidas pelos consumidores, na hora de parcelar no cartão. E a categoria de Bens Duráveis, como carros, móveis e eletrodomésticos, é a que apresenta a maior diferença entre o índice de parcelamento habitual e as compras à vista. Somente 16% dos entrevistados responderam que têm condições de comprar um bem durável à vista, mesmo com a crise.
A pesquisa ouviu 840 pessoas, entre os dias 8 e 14 de dezembro, de diferentes regiões metropolitanas (47%) e cidades do interior (53%) das cinco principais regiões do país, e constatou que 73% dos entrevistados começaram a usar, ou intensificar o uso do cartão de crédito para parcelar suas compras durante a crise sanitária.
Além disso, os dados revelam as preferências do shopper, de forma geral. Os meios de pagamento como parcelamento no cartão de crédito sem juros (33%), transferência entre contas (33%) e boleto bancário (29%) ganharam espaço, em detrimento do dinheiro ou do cartão de débito, que exigem a presença física do consumidor.
“No momento de crise em que vivemos, as vendas a prazo no cartão de crédito são fundamentais para estimular o consumo. Esta é uma realidade que já observávamos antes da pandemia, mas que se acentuou ao longo de 2020. Grande parte das pessoas simplesmente não tem condições de fazer suas compras à vista”, explica o diretor-presidente da Abranet, Eduardo Neger.
De acordo com o Datafolha, 60% dos entrevistados atribuem as notas 9 e 10 (em uma escala de 0 a 10) para a importância do parcelamento sem juros dentro da vida financeira. Ou seja, eles dependem dessa prática para a aquisição de bens e serviços. A valorização do parcelamento sem juros é maior entre a mulheres (67% das notas foram 9 e 10 ante 54% dos homens) e integrantes das classes C (62%) e D/E (66%), frente a 55% das classes A/B.
Fonte: SuperVarejo