A varejista de eletrodomésticos e móveis Lojas Zema, dona de 432 lojas em seis Estados, registrou crescimento de 22% em faturamento, alcançando aproximadamente R$ 1 bilhão no ano passado. No comércio eletrônico, o grupo reformulou sua estratégia, o que resultou no aumento de 320% das vendas em 2020, chegando a aproximadamente R$ 90 milhões. Neste ano, a companhia espera aumentar as vendas on-line em 55%, com a adição de novos serviços e o desenvolvimento de um marketplace (shopping virtual) regional.
“Alcançamos em um ano o que era projetado para daqui a três anos”, disse o gerente de marketing e comércio eletrônico do Grupo Zema, Bruno Willian Ferreira. As vendas on-line, que representavam 1% do faturamento da varejista em 2019, chegaram a 9% das vendas no ano passado.
Além da rede varejista, o grupo opera nos segmentos de concessionárias de veículos, serviços financeiros e autopeças, e emprega 5 mil pessoas. O negócio de postos de combustíveis, Zema Petróleo, foi vendido em 2018 para o grupo francês Total. A rede revendia 50 milhões de litros por mês em 230 postos em cinco Estados.
O diretor de operações da Enext, Felipe Coelho, disse que o site de comércio eletrônico foi integrado às operações das lojas físicas e o controle dos estoques passou a ser feito em tempo real. Com isso, a Zema passou a oferecer a venda on-line de produtos com retirada em loja. A consultoria também fez a gestão de tráfego de clientes e de mídia on-line.
“A rede conseguiu um desempenho acima da média do mercado por causa das mudanças e também por ser uma marca regional forte”, afirmou Coelho. De acordo com o indicador de comércio eletrônico da Câmara Brasileira da Economia Digital e da empresa Neotrust, o comércio digital cresceu 122% de janeiro a novembro de 2020, para R$ 115,3 bilhões.
Ferreira, do Grupo Zema, considerou que o desempenho foi favorecido também por concentrar a maioria das lojas em cidades com até 60 mil habitantes. “A pandemia afetou menos as cidades menores, em comparação com os grandes centros, que chegaram a fechar o comércio por meses”, observou. A rede opera em Minas Gerais, São Paulo, Goiás, no Mato Grosso do Sul, na Bahia e no Espírito Santo.
A varejista também foi impulsionada pela demanda aquecida por eletrodomésticos em todo o país. Segundo medição da GfK feita em parceria com a 4E Consultoria, no acumulado de janeiro a novembro de 2020, as vendas de eletroeletrônicos no país cresceram 15,1%.
Para 2021, Ferreira estima que a rede crescerá 15% em vendas totais e 55% em vendas on-line, aproveitando o comércio eletrônico ainda aquecido. A companhia vai reforçar as campanhas de mídia on-line para atrair mais visitantes ao site em todos os Estados em que atua. Em 2020, a empresa concentrou os esforços de publicidade na operação de Minas Gerais.
Fonte: Valor Econômico