Estudo da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) constatou que para 91% dos lojistas o movimento de clientes nos empreendimentos caiu após a reabertura do comércio em boa parte do país. 55% disseram que o fluxo é muito baixo e 36% afirmaram que é baixo. Apenas 9% dos lojistas afirmam que a movimentação é regular e ninguém qualificou o movimento como “bom” ou “no mesmo nível anterior ao da pandemia”. Os dados constam de uma pesquisa finalizada em 16 de julho com associados do segmento de alimentação, da cidade de São Paulo.
Com a regressão de alguns estados para fases de alto contágio do coronavírus, hoje cerca de 15% dos shoppings estão fechados no país especialmente nos estados do Sul e Centro-Oeste que registram alta nos casos.
Na mesma pesquisa os dados mostram que o fechamento de shoppings no horário do almoço tem derrubado a movimentação de clientes. Na mesma pesquisa, 64% acreditam que o fechamento parcial afasta os clientes dos shoppings. Para 36% a retomada tem sido positiva para que os clientes voltem aos empreendimentos.
Na última pesquisa divulgada pela Alshop boa parte dos lojistas registram queda de até 60% no faturamento devido ao fechamento parcial que não favorece as vendas por impulso que motivam o segmento.
Outro estudo, da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), intitulado Mapeamento de Fluxo de Visitas em Shopping Centers e Lojas Físicas, com dados do do primeiro semestre da FX Retail Analytics, apontou que tanto as lojas físicas (de rua e de shopping) quanto os shopping centers tiveram quedas grandes a partir de março na comparação anual por conta da quarentena e fechamento do comércio. Os centros de compra, por exemplo, registraram -90,78% em maio e -75,94% em junho em relação a 2019. As lojas físicas tiveram -85,26% e -48,55% nos mesmos meses. Em contrapartida, a comparação mensal apresenta aumento, o que simboliza uma retomada no fluxo de visitantes no varejo brasileiro a partir da flexibilização da quarentena em diversas regiões. Em junho, os shopping centers variaram 126%, e as lojas físicas (de rua e lojas de shopping), 194% no comparativo com maio de 2020. O mapeamento também apresenta recortes regionais e por segmento bem como o desempenho em vendas das lojas e dos shopping centers nos seis primeiros meses deste ano, além de reunir informações específicas do mercado de centros de compras, como faturamento, quantidade de unidades e lojas, geração de empregos, entre outras.
Entre as regiões, o Sudeste está liderando a queda anual, mas apresenta evolução na comparação mensal, com aumento de 248% nas lojas físicas e 385% nos centros de compras em junho. Já o Sul tem reação mais tímida, ainda apresentando quedas maiores no comparativo com o ano anterior e o menor crescimento em relação a maio entre as regiões.
Na análise por segmento, drogaria começa a apresentar maior frequência de declive em relação ao início da pandemia. No comparativo anual, mesmo caindo menos do que a maioria das categorias, o recuo chega a 47%. Em relação a maio, é o único setor com números negativos pelo segundo mês consecutivo. Eletroeletrônicos (585%), óptica (236,28%), moda (211,28%), home center (167,34%) e beleza (149,59%) lideram o top 5 na retomada.
Fonte: Monitor Mercantil