De acordo com pesquisa do programa Juntos Somos Mais – joint venture da Votorantim Cimentos, Gerdau e Tigre que contempla mais de 75 mil varejistas e mais de 20 empresas do setor -, realizada no mês de junho, 86,3% dos proprietários de lojas de materiais de construção em todo o País acreditam que vão passar pela crise com algum impacto, mas sem problemas maiores.
Como o setor da construção civil foi considerado essencial em muitos lugares, poucas lojas tiveram que fechar durante a quarentena. Em maio, as que se mantiveram totalmente abertas representavam 56%, enquanto as lojas abertas com redução de horário era de 39,5%. Já no mês de junho, as unidades totalmente abertas foram de 75,3% e as lojas operando com redução de horário 23,5%.
O impulso das vendas remotas
Uma das saídas que tem ajudado o setor do varejo de construção, sem dúvida, é o e-commerce. Antes da pandemia, 90% das compras eram feitas de forma presencial, agora, com a pandemia, as vendas presenciais caíram 60,4%.
Mesmo com a maior abertura das lojas, os diferentes formatos que o varejista encontrou para vender durante a crise seguem ganhando espaço. Em maio, 43,6% das lojas possibilitaram a compra remota com entrega e em junho, esse número saltou para 60,6%. A compra remota, com retirada na loja, no mês de maio era oferecida apenas por 11,9% das lojas. No mês de junho ela passou a ser de 30,9%.
Consequentemente, o telefone e o WhatsApp ganharam relevância quando comparado ao período pré-pandemia. Antes dela, o principal canal de vendas em 90% das lojas era a venda presencial, seguida por 4,8% pelo telefone e 3,8% por WhatsApp. Após a pandemia, a venda presencial caiu para 60,4%, enquanto o WhatsApp assumiu o segundo lugar com 20,3%, e as vendas pelo telefone aumentaram para 17%.
Em relação ao futuro da loja, foi percebido um forte crescimento no número de proprietários (86,3%) que não veem forte impacto no negócio: cerca de 43,1% acreditam que vão atravessar a crise com problemas graves, enquanto 43,2% acreditam que sofrerão algum impacto, mas sem maiores problemas.
Quando perguntados sobre o impacto da pandemia no faturamento de 2020, 60,6% enxergam que não haverá impacto no faturamento, representando um crescimento de quase 40 pontos percentuais na comparação com a pesquisa anterior, realizada no mês de maio.
Fonte: SuperVarejo