No primeiro dia de registro do protocolo para pedir a reabertura das atividades não essenciais na cidade de São Paulo, a prefeitura recebeu 33 pedidos de entidades, entre elas, associações comerciais que representam cerca de 200.000 estabelecimentos da capital, o que significa 15% do número total de lojistas.
Fazem parte desse grupo entidades como a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que reúne os pequenos e médios comerciantes, a Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce) e o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), que reúne as grandes empresas varejistas.
Apesar do sinal verde do governador João Doria (PSDB) para a reabertura do comércio, shoppings centers, concessionárias de veículos, imobiliárias e escritórios a partir do dia 15 de junho, quando chega ao fim o novo período de quarentena decretado no estado, a administração do prefeito Bruno Covas (PSDB) exigiu, para permitir a reabertura, a apresentação de protocolos de segurança sanitária para avaliação.
Os protocolos serão analisados pela Secretaria de Trabalho, pela Vigilância Sanitária e pela Casa Civil. As lojas só vão poder reabrir depois de a autorização ser publicada no Diário Oficial do Município. “Continuamos totalmente perdidos. Precisamos reabrir as portas”, diz Alfredo Cotait Filho, presidente da ACSP, que afirma ter registrado o protocolo pela reabertura nos primeiros minutos da madrugada desta segunda.
Em reunião com representantes da prefeitura nesta segunda-feira, as entidades reclamaram da falta de estrutura do poder público municipal para avaliar todas as propostas. Só a Vigilância Sanitária, por exemplo, deve demorar mais de 15 dias para dar o seu parecer. Covas tem repetido que não há prazo para a avaliação dos protocolos ser concluída. Os representantes, então, marcaram reuniões diárias com a administração municipal até a liberação das atividades. A sensação descrita por eles é de falta de organização e de receio da prefeitura em dar início à retomada. Até esta segunda-feira, 1º, a cidade registrou 65.700 casos confirmados de Covid-19 e cerca de 4.300 mortes.
Entre outros pontos, as entidades devem incluir no protocolo regras de distanciamento social, sanitização de ambientes, testagem de colaboradores, horários alternativos de funcionamento, sistema de agendamento de atendimento e alternativas às mães que trabalham e não vão ter onde deixar seus filhos, já que escolas e creches vão permanecer fechadas.
Fonte: Panorama Farmacêutico