A transformação digital do varejo brasileiro tem avançado de forma muito rápida, e possuem inúmeras vantagens, mas a principal delas é o aumento da eficiência operacional nas empresas que têm trazido resultados muito satisfatórios. Segundo o relatório Digital Vortex, da Cisco, cerca de 40% do ganho financeiro das marcas vem desses ganhos de eficácia.
Para alcançar esse objetivo, uma das alternativas está no uso de assistentes virtuais, que conseguem automatizar tarefas, acelerar a resolução de problemas, aumentar a produtividade no atendimento ao cliente e ajudar na entrega de experiências personalizadas. Tudo isso é possível graças às informações pessoais e das preferências de consumo fornecidas pelos próprios consumidores às organizações.
Entre os principais benefícios, podemos destacar também a redução de até 50% nos custos, a economia de tempo em tarefas repetitivas e a possibilidade de adequar a escala da operação às necessidades do momento, trazendo eficiência, evitando que a relação com o cliente fique mecânica. Por isso, as inovações continuam a surgir em ritmo acelerado.
Por isso, cada vez mais inovações tecnológicas estão surgindo em ritmo acelerado para ajudar as assistentes virtuais a melhorarem o atendimento ao cliente. Seguindo essa teoria, seguem algumas soluções que devem estar no seu radar:
Uso de machine learning
Como em diversas outras áreas, o uso de machine learning terá um grande impacto sobre o desempenho dos assistentes virtuais, que serão cada vez mais inteligentes. Atualmente, eles realizam tarefas mais básicas, mas o amadurecimento do processamento de linguagem natural aumentará sua capacidade de compreensão e resposta, fazendo com que seu uso seja ampliado para atividades mais complexas, incluindo o aprendizado do comportamento dos clientes com o intuito de prever demandas.
Interoperabilidade
Hoje, o mundo dos assistentes virtuais é separado em silos. A Siri da Apple não conversa com a Cortana da Microsoft, nem com a Alexa da Amazon, por exemplo. O mesmo acontece nas empresas. Por isso, para os próximos anos é esperado que tudo se unifique em prol das necessidades dos consumidores, o que levará ao desenvolvimento de integrações (especialmente por meio de APIs) e a experiências realmente conjuntas das marcas em torno dos clientes.
O impacto da Internet das Coisas
A integração dos assistentes virtuais à IoT é uma avenida a ser percorrida por empresas de todos os segmentos. Dispositivos de “casa conectada” e wearables são alguns exemplos de como essas inovações estão assumindo novos papéis e estão disponíveis para ajudar os seres humanos em suas demandas.
Apoio às tarefas cotidianas
Atividades como coordenar reuniões com muitas pessoas ou tarefas administrativas que levam muito tempo e são repetitivas têm grande potencial de serem deixadas à cargo dos assistentes virtuais. Isso gera um enorme impacto sobre a produtividade das equipes, que pode se encarregar de atividades mais complexas e de maior valor agregado.
Voice shopping
A compra de dispositivos de voz é considerada uma das grandes tendências do varejo global. É um mercado em expansão e que irá gerar novos desafios e oportunidades para as empresas. De um lado, pode ficar mais difícil alcançar o público, já que um equipamento como o Amazon Echo, o Google Home ou mesmo seu celular fará a interpretação de seu pedido para entregar as melhores respostas. Por outro, essa é uma enorme oportunidade de coletar mais dados sobre os clientes e não somente em seus momentos de compra, mas nos mais variados aspectos de suas vidas.
Mesmo com todas as evidências de que a transformação digital e o uso das assistentes virtuais é o futuro e ele está mais próximo do que se imagina! Porém, ainda há muitos empreendedores que são resistentes e acreditam que essas mudanças ainda estão muito distantes. Essa mentalidade precisa mudar para que as organizações possam usufruir dessas novas ferramentas e performar cada vez melhor no mercado.
*Israel Nacaxe é COO e co-fundador da Propz, empresa de tecnologia que oferece soluções de inteligência artificial e Big Data para o varejo físico e serviços financeiros.
Fonte: Canaltech