Ponto de partida é um amplo estudo para entender como as soluções de tecnologia voltadas ao varejo podem facilitar o dia a dia dos gestores do setor
“Tecnologia não se trata apenas de software ou sistemas, mas reflete mindset e comportamento. A tecnologia engloba um conjunto de metodologias e conhecimentos que auxiliam pessoas a realizarem tarefas de maneira mais eficiente e ágil”, a definição é de João Stringhini, Business Development na Involves .
Stand da Involves no AEx 2019, maior evento de trade marketing da América Latina, que a partir de 2020 passa a se chamar Involves Experience
A indústria compreende bem esses conceitos, porém no setor varejista a realidade nem sempre é assim. Mas uma boa notícia que chega de Santa Catarina busca melhorar esse cenário. Foi assinado no Estado um termo de colaboração para inovação no ecossistema do varejo local entre a Associação Catarinense de Supermercados (ACATS) e a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE). O principal intuito da parceria é criar um ambiente inovador para o varejo, focado em promover o uso de tecnologia no setor supermercadista.
Em termos práticos, a primeira atividade objetiva do termo de cooperação é o estudo Cenário Tecnológico do Setor Supermercadista de Santa Catarina, que já está em andamento sob a coordenação de João Stringhini. Considerado o ponto de partida para embasar as demais atividades, o estudo tem como principais objetivos mapear as dores e desafios dos gestores de varejo, levar tecnologias que vêm sendo desenvolvidas no Estado para o setor e aproximar essas duas realidades, ainda distantes.
“Os supermercados estão vivenciando um temor às novas tecnologias como se, por conta delas, corressem o risco de deixarem de existir. A ideia desta pesquisa é mapear esses receios e entender como as soluções desenvolvidas por empresas de tecnologia voltadas ao varejo podem agregar e facilitar o dia a dia dos gestores desses comércios, além de trazer maior eficiência, automatização e, consequentemente, sustentabilidade e escalabilidade para os negócios”, explica João Stringhini.
Uma equipe de psicólogos foi treinada especificamente para este estudo, cujo processo inclui realização de entrevistas qualitativas para entender as dores, desafios e opiniões das pessoas por trás dos negócios. A aplicação da pesquisa engloba as seis mesorregiões de Santa Catarina e, em cada uma delas, serão analisados pequenos, médios e grandes varejos. Stringhini explica que, dentro de cada um destes negócios, os psicólogos realizam entrevistas com duas figuras centrais para o estudo, com foco em obter diferentes percepções da operação varejista. Serão ouvidos o líder estratégico, que corresponde à pessoa que dá identidade e rosto ao negócio e expressa seus valores; e o líder de campo, entendido na pesquisa como a pessoa diretamente ligada à operação diária. Os insights obtidos a partir das conversas irão possibilitar o entendimento do contexto atual do varejo catarinense, como ele está adaptado às tecnologias, e de que forma isso pode ser otimizado no futuro.
Fonte: S.A. Varejo