A administradora de shopping centers de alto padrão Iguatemi está levando mais tempo que o esperado para reduzir os descontos concedidos anteriormente aos lojistas, conforme a recuperação da economia segue em marcha lenta, o que vem distanciando o grupo da meta de crescimento de duplo dígito nas receitas em 2019.
Ainda assim, a empresa será capaz de entregar uma alta de pelo menos 5 por cento no faturamento este ano, disse à Reuters a diretora financeira da Iguatemi, Cristina Betts, em entrevista na quinta-feira.
“Esperávamos um ano mais forte quando fizemos nosso orçamento… Mas sem dúvida nenhuma se a economia avançar chegaremos ao topo da estimativa (de 5% a 10%) para 2019”, acrescentou.
Em termos de investimento, o Iguatemi planeja desembolsar entre 150 milhões e 200 milhões de reais, de acordo com a executiva.
Questionada sobre novos projetos, os chamados ‘greenfields’, ela afirmou que há empreendimentos planejados, mas nenhum deve sair do papel no curto prazo. Em vez disso, disse Betts, o grupo está focado em expandir shopping centers já existentes e elevar a participação em seu portfólio atual composto por 16 shoppings, dois outlets premium e quatro torres comerciais.
O Iguatemi atualmente detém 450 mil metros quadrados do portfólio total administrado de 750 mil. “Ainda temos mais 300 mil metros quadrados para comprar”, afirmou ela.
A companhia também vê potencial para adicionar mais 1 milhão de metros quadrados de área bruta locável ao portfólio de empreendimentos existentes via construção de torres ou expansões.
Apesar do foco do Iguatemi em crescimento orgânico, Betts observou que o setor deve passar por mais consolidações no médio ao longo prazos.
Em 6 de junho, a Aliansce Shopping Centers firmou acordo de fusão com a rival de menor porte Sonae Sierra Brasil. A transação criará o segundo maior grupo de shopping centers do Brasil em termos de área bruta locável, com um total de 40 empreendimentos e uma receita líquida combinada de cerca de 876 milhões de reais em 12 meses.