As vendas no varejo do Brasil registraram avanço acima do esperado em janeiro, iniciando o ano com força generalizada entre as atividades, mas acompanhando o ritmo moderado da economia do país.
Em janeiro, as vendas no varejo brasileiro tiveram ganho de 0,4% em relação a dezembro, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve crescimento de 1,9%, sexta taxa positiva seguida.
Os dois resultados foram melhores do que as expectativas em pesquisa da Reuters de aumentos de 0,2% na comparação mensal e de 0,8% na anual, na mediana das projeções.
O varejo apresentou perda de fôlego ao longo do segundo semestre do ano passado, mas iniciou 2019 com resultado melhor do que da indústria, que em janeiro teve a maior queda em quatro meses.
As perspectivas continuam sendo de ritmo morno para a economia em 2019, mas com lenta recuperação do mercado de trabalho.
“Depois de um novembro muito alto e um dezembro muito baixo, o comércio parece ter encontrado o seu ponto de equilíbrio. O ritmo do comércio é lento e gradual como o da economia como um todo”, disse a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.
“A vantagem do comércio sobre a indústria foi que a renda se mantém estável, e isso acaba por fomentar a demanda de bens de primeira necessidade”, completou.
O IBGE informou que, entre as atividades pesquisadas, somente o setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos teve recuo em janeiro, de 0,5%.
Entre as altas, destaque para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (8,2 por cento); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,2%); e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,6%).
No varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, as vendas aumentaram 1% em janeiro sobre o mês anterior. A atividade de Veículos, motos, partes e peças cresceu 5,7%, após recuar 3,5% no mês anterior.
Em 2018, o consumo das famílias aumentou 1,9%, com crescimento de 0,4% no quarto trimestre na comparação com o terceiro, de acordo com os dados do Produto Interno Bruto. A economia brasileira teve expansão de apenas 0,1% nos três últimos meses do ano sobre o perído anterior, crescendo 1,1% no ano.
A expectativa é de aceleração econômica neste ano, com a pesquisa Focus do Banco Central mostrando que os economistas veem uma expansão do PIB de 2,28% neste ano, em meio a uma esperada melhora das condições financeiras e do mercado de crédito.
Fonte: UOL