As vendas de supermercados no Brasil devem ter alta de 3 por cento em 2018, acelerando o crescimento de 1,25 por cento apurado no ano passado, com a recuperação da confiança e dos preços de alguns produtos da cesta básica, informou nesta segunda-feira a entidade que representa o setor, Abras.
“O último trimestre (de 2017) já mostrou que a economia se descolou da política e nossa análise para 2018 é otimista, vamos crescer em ritmo bom… A confiança do consumidor e dos empresários está em alta”, disse o presidente da Abras, João Sanzovo Neto.
Em 2017, disse ele, as vendas do setor cresceram menos que a alta de 1,5 por cento projetada pela associação por causa da deflação de itens importantes da cesta básica. “Isso não foi perda de volume, foi financeiro. Tivemos deflação forte em produtos importantes que influenciaram o valor financeiro da previsão”, afirmou Sanzovo Neto, destacando a expectativa de recuperação dos preços de commodities, em especial leite, feijão, arroz e farinha.
Somente em dezembro, as vendas reais do setor avançaram 2,55 por cento ante igual mês de 2016 e cresceram 20,42 por cento em relação a novembro, segundo a Abras.
As maiores quedas de preço no mês passado ante novembro foram cebola (-5,75 por cento), pernil (3,48 por cento), queijo mussarela (-3,33 por cento) e feijão (-2,32 por cento), mostrou o levantamento desenvolvido em parceria com a consultoria GfK. Os produtos que mais encareceram em dezembro na comparação mensal foram farinha de mandioca (+6,83 por cento), massa sêmola (+5,43 por cento), tomate (+5,42 por cento) e carne traseiro (4,37 por cento).
Entre as regiões, o Centro-Oeste foi o que apresentou a maior queda no valor da cesta básica (-0,8 por cento) em dezembro ante novembro, enquanto o Nordeste exibiu estabilidade (-0,02 por cento). Na outra ponta, a Região Sul teve o maior aumento (+1,98 por cento), seguida por Sudeste (+1,95 por cento) e Norte (+1,54 por cento).
Em valores nominais, as vendas de supermercadistas cresceram 4,75 por cento em 2017 e 20,95 por cento em dezembro na comparação com iguais intervalos um ano antes.
Fonte: DCI