Para os amantes de batata frita e hambúrguer, 2017 foi um ótimo ano. Empresas anunciaram grandes investimentos no país e abertura de novas lojas.
Enquanto o McDonald’s anunciou investimentos de 1 bilhão de reais para o Brasil, o Burger King tem planos de ser o líder do mercado. Até o Habib’s anunciou uma iniciativa diferente: um posto de gasolina.
A subcategoria de fast food é a que mais cresce no mercado de alimentação fora de casa, com alta de 11% em 2016, de acordo com levantamento da Euromonitor. Com 900 lojas, o McDonald’s é líder do mercado, com participação de 27%. O mercado de fast food deverá gerar 6,23 bilhões de reais em vendas em 2017 e 6,58 bilhões de reais em 2021, segundo estimativas do instituto.
Confira abaixo 6 empresas de fast food que apostaram no Brasil em 2017.
McDonald’s
A Arcos Dorados, franquia do McDonald’s, anunciou que até 2019 investirá aproximadamente 1 bilhão de reais no Brasil. Os recursos serão destinados à abertura de novos restaurantes e à aceleração do plano de modernização das unidades existentes.
O investimento no Brasil faz parte de um plano para toda a região, de US$ 500 milhões para abrir 180 restaurantes e atualizar a rede McDonald’s em toda a região. O projeto deverá gerar cerca de 13 mil novos postos de trabalho, a maior parte no Brasil.
Taco Bell
Quando desembarcou no Brasil, em junho de 2016, a Taco Bell tinha um plano de chegar a 20 unidades até 2019. No entanto, esta marca será atingida ainda em 2017. A ideia, este ano, foi fortalecer a empresa e sua estrutura logística.
A companhia também iniciou sua expansão por franquias. A meta da Taco Bell Brasil é atingir 100 unidades até o final de 2018, sendo 25 próprias e 75 franquias.
Para conseguir crescer tão rapidamente, foi necessário um trabalho intenso de busca de fornecedores. Todos os produtos são comprados de fornecedores brasileiros, com exceção de uma especiaria específica. “Se nós fôssemos importar nossas matérias-primas, o negócio seria inviável”, afirmou Michel Chaim, gerente geral do Taco Bell no país.
A empresa ainda recebeu aporte de milhões de reais para acelerar expansão neste ano da holding Milano Empreendimentos e Participações S.A., do empresário Daniel de Jesus, ex-proprietário da fabricante de cosméticos Niely.
Burger King
Em apenas seis anos, o Burger King foi de 100 unidades no país para 628. A ambição é se tornar a maior rede do Brasil. Um passo decisivo nessa trajetória foi dado em outubro, quando o Burger King divulgou o prospecto para uma oferta inicial de ações (IPO) no Brasil, que deve acontecer em breve.
O faturamento no país dobrou entre 2014 e 2016 saindo dos 660,5 milhões de reais para 1,39 bilhão de reais. Nos nove primeiros meses deste ano o faturamento foi de 1,26 bilhão de reais. Com esses números a empresa multiplicou por quatro a sua participação de mercado no setor de hambúrgueres desde 2011, passando de 8% para 31,6%, segundo a consultoria Euromonitor.
Em agosto, também anunciou a estreia do seu serviço de delivery, via iFood e SpoonRocket, que começará atendendo 21 bairros paulistanos.
Habib’s
Alberto Saraiva, fundador e presidente do grupo do Habib’s, anunciou em 2017 sua entrada em um mercado bem diferente: postos de gasolina. Em outubro, o grupo inaugurou seu primeiro complexo de conveniência, que une um posto de gasolina, loja de conveniência Habib’s e um restaurante Ragazzo.
Com investimento de 2,5 milhões de reais e área de 2,4 mil metros quadrados, a ideia é “oferecer ainda mais conforto ao motorista”, afirmou o presidente. O plano é abrir mais 30 unidades nos próximos 3 anos. Para 2018, 5 inaugurações já estão confirmadas. Na primeira fase, os empreendimentos serão próprios e, depois disso, abertos para franquia.
Wendy’s
O foco da holding Infinity Services, dona da Hooters e Jamie Italian’s no Brasil, é a expansão da Wendy’s, que chegou ao Brasil em 2016 e já tem cinco lojas abertas, em São Paulo e em Alphaville.
“Não tínhamos uma marca de fast food no nosso portfólio e sabemos que o brasileiro gosta muito de hambúrguer”, afirmou Marcel Gholmieh, presidente da Infinity Servites ao site EXAME, ao comentar a decisão de trazer a marca ao país.
Os ingredientes são todos preparados na hora e dentro da loja, afirma Gholmieh. O preço está na média do mercado, garante ele. O combo, com batatas e refrigerante, custa em média 30 reais.
Domino’s
A Domino’s pegou carona na crise econômica para abrir unidades e aumentar o faturamento. Enquanto os consumidores deixavam de visitar shopping centers, a empresa crescia com delivery. O preço por pessoa ao dividir uma pizza também é mais baixo que a média no fast food, outro motivo que impulsionou a rede, diz Antonio Leite, CEO do Grupo Trigo, controlador da marca no país.
O Brasil está entre os mercados que mais crescem – já são 200 lojas no país A empresa prevê crescer de 20% a 25% em 2017 – de janeiro a agosto, o faturamento já bateu 211,1 milhões de reais. Nos Estados Unidos, as vendas subiram 9,5% em 2016 e, globalmente, 11,85%.
Fonte: Exame