Há boas razões pelas quais as franqueadoras estejam tão ou mais interessadas em descobrir o grau de engajamento dos franqueados do que simplesmente sua satisfação com suporte ou relacionamento. Para que os processos se tornem mais eficientes e possam gerar resultados mais efetivos, é preciso buscar saber o quanto os franqueados querem, ou não, contribuir com o sucesso do negócio.
Ser dono de uma unidade franqueada não é suficiente para dispor esforços extras e fazer o máximo do que pode ser feito. O franqueado pode estar satisfeito com sua lucratividade, com as decisões tomadas pelos membros da franqueadora, e estar confortável em meio a uma baixa produtividade. Ele não está envolvido e comprometido. Tanto é assim que, dentro de uma mesma rede, há unidades com desempenho melhor do que outras, mesmo em condições econômicas e geográficas semelhantes.
De outro lado, as franqueadoras também já percebem, na prática, ainda que de maneira intuitiva, que um franqueado insatisfeito não necessariamente está desengajado. É possível contar com o empenho de um empreendedor que discorda de alguns pontos em relação às decisões da franqueadora, mas está comprometido em buscar os melhores resultados que é capaz de obter.
Satisfação e engajamento, portanto, são atributos diferentes, envolvem perfis de públicos diferentes, e por isso requerem soluções e propostas distintas. Pessoas verdadeiramente engajadas, em qualquer tipo de negócio, impulsionam os resultados. O senso de pertencimento tem relação com a vida no coletivo e no estreitamento das relações, gerando, tanto nos negócios como na vida cotidiana, mudanças muito profundas. Assim, de nada vale medir satisfação se esse tipo de teste não permite obter dados que favoreçam a resolução de problemas como, por exemplo, falta de comprometimento.
Níveis elevados de motivação e compromisso envolvem canais de comunicação abertos, capacidade de negociação e novas soluções em treinamentos para desenvolvimento de habilidades. A Gestão Estratégica do Franchising passa também por uma abordagem da dimensão humana dos negócios.
Se franqueados são pessoas que investem suas economias e aspirações em uma oportunidade de negócio, a construção de relacionamentos saudáveis e duradouros no sistema de franquias pede o desenvolvimento de habilidades que ajudem a gerenciar também emoções, conflitos e expectativas.
De outro lado, segundo dados levantados pela Pesquisa de Benchmark da Praxis Business, cuja nova edição traz as práticas empresariais em 92 franqueadoras, 84% dos franqueadores esperam crescer até o final de 2017. Ainda assim, são poucas as redes que treinam e desenvolvem habilidades de franqueados por meio de uma Universidade Corporativa e o Programa de Excelência é utilizado por pouco mais da metade das franqueadoras. Diante dessa realidade, vale questionar de que maneira buscam engajar as pessoas em meio a objetivos e propósitos em comum. Uma das grandes responsabilidades do franqueador é alinhar propósito e valores da rede e promover programas contínuos de capacitação, que incluem as reuniões regulares.
Foi a partir dessas investigações que a Praxis Business identificou a necessidade de desenvolver uma pesquisa capaz de mensurar o nível de engajamento de franqueados, desenvolvendo uma metodologia inédita, com ferramentas, com identificação dos “drivers” de engajamento e dos possíveis motivos do não engajamento na Rede.
A partir da aplicação da Pesquisa de Engajamento, obteve como resultado na rede de franquias que investiu no serviço, a saber: o CNA (Cultural Norte Americano), que existe relação direta entre engajamento e performance nas franquias. Conhecendo o grau de engajamento, foi possível elaborar um plano de ação e soluções customizadas para suprir as necessidades da rede.
Identificando com nitidez todos os desafios, torna-se possível estruturar um programa contínuo para franquias e franqueadores que promova o comprometimento, o entusiasmo, relacionamentos mais maduros e, consequentemente, mais engajamento e resultados.
Fonte: Linkedin