Literalmente, fast food significa “refeição preparada e servida com rapidez”. É com esta proposta que o McDonald’s faz sucesso desde 1955, servindo cerca de 68 milhões de clientes por dia no mundo, de acordo com estatísticas recentes da companhia. Considerada hoje a maior cadeia mundial de restaurantes, a rede acaba de dar início, no Brasil, ao seu novo conceito de lojas: as digitais. Com máquinas de autoatendimento e tablets, a primeira unidade desse formato em território nacional está em funcionamento desde junho na Rua Henrique Schaumann, em São Paulo.
Nesta loja, os clientes têm acesso aos dispositivos móveis, como tablets e máquinas de autoatendimentos, para realizar pedidos personalizados, adicionando molhos ou itens presentes em outros hambúrgueres, o que antes não era possível. Os funcionários que atendiam os clientes, segundo a empresa, serão deslocados para funções na cozinha, otimizando o tempo de preparo dos lanches. Uma pequena parcela ficará responsável pelo caixa.
Para a rede, o cliente entenderá que novo conceito priorizará a qualidade do hambúrguer do que propriamente o tempo. O objetivo do McDonald’s é expandir o mesmo modelo de loja digital às 904 unidades da marca do País em até dois anos.
Concorrência
Embora detenha boa parte do mercado de fast food no Brasil, o McDonald’s viu a sua participação no segmento cair significativamente nos últimos anos. O crescimento pela busca por hambúrgueres artesanais e de marcas concorrentes, como Subway e Burger King, forçaram a rede adotar novos investimentos para recuperar mercado. Os dados comprovam isso: a empresa fechou com 7% de mercado no ano passado, uma queda de 2,5 percentuais em cinco anos, segundo a Euromonitor. As lojas digitais fazem parte de uma estratégia traçada pela empresa para crescer as vendas.
As mudanças no McDonald’s, porém, não são tão novidades no mercado. O Bob’s também anunciou um investimento de R$ 225 milhões para inaugurar as primeiras unidades 100% digitais no Brasil. Da mesma forma, os clientes poderão escolher os pedidos através de autoatendimentos. O pedido será gerado diretamente na cozinha e o cliente receberá uma senha para aguardar o lanche ficar pronto. O Subway, por sua vez, também modernizou a forma de pedidos, incluindo o aplicativo Messenger, do Facebook, como meio dos clientes escolherem o sanduíche – as mudanças, porém, estão disponíveis em lojas nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, enquanto no Brasil a previsão é que as unidades recebam as novidades até o fim do ano.
Novos modelos de loja
A inclusão digital é uma tentativa das redes fast-food se adaptarem ao novo público do mercado – moderno e que resolve tudo com um dispositivo na mão. Elas, na verdade, seguem uma tendência que cresce significativamente, principalmente nos Estados Unidos, não só neste segmento de alimentação. A Amazon GO e Walmart, marketplaces poderosos nos EUA, são exemplos de tendências de lojas ‘sem funcionários’. O Walmart inaugurou uma unidade com modelo, considerado inédito, que funciona 24 horas por dia e 7 dias de semana, onde os clientes buscam os produtos já embalados comprados na loja online.
Fonte: Experience Club