A B2W Digital, detentora de marcas online como Americanas.com, Submarino, Sou Barato e Shoptime, anunciou que no primeiro trimestre apresentou crescimento de 8,4% no GMV (Gross Merchandise Value). Ao todo, foram R$ 2,66 bilhões em vendas.
O destaque da operação da empresa tem sido o marketplace. Somente no primeiro trimestre, a plataforma da companhia verificou um aumento de 122%, para um total de R$ 772 milhões de GMV. Com isso, a plataforma já representa 28,9% do total de receita da companhia.
“O primeiro trimestre do ano reflete a decisão da B2W Digital de acelerar a mudança do seu modelo de negócios, de e-commerce para modelo híbrido de plataforma digital, que combina e-commerce, marketplace e serviços – similar ao operado por players globais”, disse Fábio Abrate, diretor financeiro e de RI da B2W Digital, durante conferência.
“Este movimento nos permite alavancar os investimentos realizados para oferecer a melhor experiência de compra e permitirá a expansão das margens, acelerando o caminho para a rentabilidade”, afirmou.
Marketplace
O marketplace da companhia tem apenas três anos e oferta hoje 2,9 milhões de itens. Segundo o executivo, a empresa se volta para a plataforma digital neste ano. “Ao longo de 2017, o foco e os investimentos da companhia estarão focados para crescer o marketplace, atingindo uma participação superior a 30% do GMV total do ano. Além disso, a ideia é acelerar a migração de itens e linhas para a plataforma digital, otimizando a estrutura operacional”, explicou Abrate.
Com isso, os resultados devem se refletir no caixa da empresa, cujo consumo deve cair “significativamente em 2017”. “Este é um importante movimento para tornar a companhia autossustentável”, afirmou.
Durante o primeiro trimestre, o marketplace ganhou mais de 300 sellers – totalizando 5 mil na plataforma. A empresa conseguiu fechar parcerias para a plataforma, como Dafiti, Marabraz, Etna, Zelo, Le Postiche, Beauty Box e Avon.
“A plataforma digital permite que a B2W ofereça serviços de tecnologia, logística, distribuição, atendimento ao cliente e financiamento ao consumo”, considerou.
Durante o primeiro trimestre, a participação do tráfego mobile cresceram em relação aos períodos anteriores. Passou para 50,6%, contra 44,3% do primeiro trimestre de 2016.
Prejuízo
O GMV traduz as vendas de mercadorias próprias, as vendas realizadas no marketplace, e outras receitas, após devoluções e incluindo impostos. E é um dos principais indicadores para se analisar a performance de um e-commerce. O crescimento do GMV, contudo, não se reflete necessariamente em lucro.
A companhia ainda segue operando no negativo e encerrou o trimestre com prejuízo de R$ 176,8 milhões. O resultado representa um aumento de 33,3% no prejuízo registrado no primeiro período do ano passado, que foi de R$ 132,6 milhões.
Fonte: Novarejo