Tecnologia pode substituir uma estratégia fraca no varejo? A transformação digital já é uma realidade no cotidiano do varejo brasileiro e impõe um ritmo de inovação, eficiência operacional e excelência no atendimento ao cliente. Para manter essa agenda em ano de crise, muitos varejistas buscam soluções que os ajudem nessa jornada.
Na visão do CFO da Óticas Carol, Givaldo Marinho, não. “Não tem tecnologia que substitua uma estratégia de negócio sem fundamento, a TI não tem como preencher um gap do planejamento. Por isso digo à minha equipe que o básico tem que ser bem feito para que a TI entre com todo potencial disruptivo de transformação e inovação”, aponta.
A área de Tecnologia da Informação na Óticas Carol está sob a responsabilidade de Marinho. Hoje, são 32 lojas próprias e 350 franqueados com o total de 942 lojas. Para alcançar a meta de chegar a 1000 estabelecimentos até o final deste ano, Marinho conta que a TI tem papel fundamental na parte de integração sistêmica, principalmente neste setor, que apresentou queda de 22% devido à crise do País.
“Mas nós crescemos 18% e estamos muito atentos às tendências de big data e internet das coisas, estudando internamente como elas poderiam fazer a diferença no nosso negócio. Mas, primeiramente, estamos cuidando da operação tecnológica existente e dando os primeiros passos em CRM”, aponta o CFO. Segundo ele, a varejista conta com o ERP TOTVS, que está integrado a um sistema de automação comercial dos franqueados e um software de frente de loja. Tudo que acontece nas franquias é integrado ao DC da Óticas Carol.
“Para avançarmos em tecnologias mais disruptivas, o básico tem que ser bem feito e temos consciência dessa lição de casa. Aqui, tudo fica às claras para a gestão e acredito que no próximo ano poderemos avançar em novas frentes, tudo para proporcionar ao nosso consumidor uma melhor experiência de compra”, revela o CFO. “E isso vai além da tecnologia, contratamos, inclusive, um arquiteto norte-americano para nos ajudar a desenhar novos layouts das lojas. Por mais que o mundo esteja caminhando para o digital, as relações ainda são humanas e essa experiência é muito importante para nós”, conclui Marinho.