O consumidor latino americano já espera do varejo novas experiências que agreguem mais valor e conveniência às compras dentro e fora das lojas, revelou a quinta edição da pesquisa Cisco Consulting Services, realizada com mais de mil consumidores do Brasil e México e divulgada pela Cisco.
De acordo com o levantamento, 23% dos entrevistados afirmaram que gostariam de ter experiências mais personalizadas e contextualizadas em relação aos seus padrões de compra, em busca da chamada “hiper-relevância”.
Para a Cisco, essa tendência consiste em agregar mais valor à jornada de compra do consumidor, utilizando novas tecnologias, análise de dados e monitoramento de histórico de compras de cada cliente, para entregar uma experiência mais relevante, usando ferramentas como grandes descontos em produtos e engajamento em tempo real.
A pesquisa identificou, por exemplo, que consumidores brasileiros e mexicanos consideram positivos:
O uso de sinalização digital interativa dentro de lojas para facilitar a localização de produtos (86% dos respondentes em ambos países);
O uso de smartphones para escanear produtos e receber ofertas especiais personalizadas em loja (82% dos brasileiros e 80% dos mexicanos);
O uso de pagamentos móveis através de smartphones e smartwatches em loja (77% dos brasileiros e 79% dos mexicanos).
Consumidores dos dois países também já se mostram receptivos a tendências como a compra de produtos online e retirada em loja no modelo drive-through (75% dos consumidores brasileiros e 82% dos mexicanos) e a retirada de produtos em guarda-volumes espalhados pela cidade, como no formato atual do Amazon Locker (78% dos brasileiros e 82% dos mexicanos).
Quase um terço dos consumidores latino-americanos também já utiliza semanalmente aplicativos móveis de compra independentes para aquisição de produtos (28% no Brasil e 31% no México). Aplicativos da própria marca da loja são ainda mais eficientes para garantir o retorno do cliente: em média, 37% dos brasileiros e 51% dos mexicanos usam esses apps toda semana. O levantamento avaliou ainda que empresas que integram valor através de tecnologias da Internet das Coisas em suas lojas podem elevar seus lucros em até 15,6%, através de inovações que apliquem análise de dados em tempo real, sensores, câmeras e dispositivos móveis.
“A gente tem visto no varejo um grande movimento de empresas vindo buscar mais informações sobre experiência do cliente, como transformá-la dentro da loja com Wi-Fi, personalização, analíticos dentro da loja”, comentou Rosemary Arakaki, gerente de desenvolvimento de novos negócios para varejo da Cisco. “Há um movimento no Brasil de consultores de nicho trabalhando para fomentar isso”.