Os resultados da 27ª pesquisa anual da FGV/EAESP 2016 apontaram que o setor de Comércio no Brasil investiu 3,5% da receita em TIC no ano passado, uma ligeira alta se comparada aos 3,4% do ano anterior. O setor está em terceiro lugar empatado com Indústria e atrás de Finanças (14%) e Serviços (10,9%). A pesquisa tem objetivo de mostrar o nível de informatização das empresas brasileiras e foi realizada com 8.000 grandes e médias organizações com 2.500 respostas válidas.
De acordo com o professor e coordenador do estudo, Fernando Meirelles, não é possível comparar diretamente o mesmo investimento aplicado em cada setor. Um milhão de reais investidos em um banco não é o mesmo para um supermercado. “De fato, o setor financeiro é um dos mais informatizados, mas o comércio varejista está avançando nessa maturidade”, comenta o professor.
Até 1995, havia pouca tecnologia no Varejo com um índice próximo de gastos e aportes em TIC próximos a 1%. Conforme as varejistas começaram a usar mais recursos tecnológicos com automação comercial e código de barras, o número passou a crescer 9% ao ano atingindo os 3,5% em 2016.
O avanço dos smartphones também deve impactar nos gastos e investimentos em TIC do Varejo para esse ano. Hoje, o Brasil possui mais 244 milhões de dispositivos móveis, aparelhos com potenciais competitivos para o varejista explorar os recursos de aplicativos e sites de comércio eletrônico responsivos para as telas dos celulares.
“Mesmo diante de um cenário adverso e queda acentuada no consumo pessoal, o uso da TIC se mantém consistente em todos os setores e não é diferente no Varejo. Estamos vivendo a jornada do processo de maturidade de informatização e isso leva tempo para conquistarmos a expertise da digitalização”, completa.