Essas cidades sofrem menos com a crise devido ao agronegócio e ao emprego público
As cidades do interior responderão por 70,3% do consumo no País neste ano, considerando todos os tipos de bens e serviços (R$ 3,9 trilhões). As capitais ficarão com fatia correspondente a 29,7%. Os dados são de estudo da consultoria IPC Marketing. Em relação ao ano passado, a projeção praticamente não mudou, alcançando 70% e 30%, respectivamente.
De acordo com Marcos Pazzini, diretor da consultoria, a geração de renda no interior está associada ao emprego público e ao agronegócio. Esses são um dos poucos setores que não foram fortemente afetados pela crise econômica. Em contrapartida, as capitais sofreram mais com os efeitos do cenário adverso, já que o emprego está atrelado à indústria e ao setor de serviços.
Ainda de acordo com a consultoria, a classe A será única a ampliar a sua participação no consumo total neste ano. Sua fatia era de 12,9% no ano passado e poderá subir para 13,4% em 2016. Segundo Pazzini, os mais ricos têm renda menos atrelada a salário e mais ligada a investimentos e ganhos do mercado financeiro.
Os demais públicos devem diminuir a participação. Nas classes D/E, o recuo deve ser de 10,2% em 2015 para 10,1% neste ano, enquanto na C será de 33,7% para 33,6%. Já entre os consumidores B, a fatia alcançará 42,9% em 2016, contra 43,2% do ano anterior.