Para Eduardo Terra, ecommerce precisa estar ainda mais atento à concorrência internacional, pois o consumidor não vê fronteiras geográficas
Por Redação
O e-commerce cross border é uma realidade e também um caminho para quem deseja internacionalizar suas operações. Cada vez mais sites americanos e chineses oferecem produtos com lojas online traduzidas para o português e preços em muitos casos inferiores aos praticados no Brasil, com fretes e tempo de entrega considerados satisfatórios pelo consumidor brasileiro. Será que o mercado brasileiro está preparado para essa evolução do consumidor?
De acordo com o estudo “2ª edição – O consumidor brasileiro e suas compras no E-commerce Cross Border”, desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com a Opinion Box, 65% dos consumidores estão comprando mais em sites e apps estrangeiros em relação a 12 meses atrás e e 35% declaram estar comprando menos, principal motivo é a economia de dinheiro (52%) — um reflexo da pandemia.
“O e-commerce brasileiro precisa estar ainda mais atento à concorrência com sites/lojas estrangeiros, pois o consumidor não vê as fronteiras e o tempo de espera pela entrega como barreiras tem diminuído bastante”, afirma Eduardo Terra, presidente da SBVC.
Mais vendidos no e-commerce estrangeiro
As compras em sites internacionais alcançam volumes expressivos: o tíquete médio da última compra em sites ou aplicativos estrangeiros foi de R$482,00, 7% acima do tíquete médio do e-commerce brasileiro. O estudo mostra que as categorias mais compradas em sites internacionais são Eletrônicos (36%), Beleza (29%), Acessórios Femininos (29%) e Acessórios para smartphone (29%), sendo “Shopee” (29%) o principal site da preferência do consumidor, seguido pela Amazon (25%) e AliExpress (18%).
De acordo com a SBVC, é perceptível o crescimento das compras por meio de aplicativos (70%), pois os usuários percebem mais facilidade no momento da compra. Seguindo a jornada do consumidor, prazo de entrega foi cumprido para 87% dos entrevistados, sendo que 85% aceitam esperar até 45 dias para a entrega feita no próprio endereço no Brasil.
Ainda sobre prazos de entrega, 60% pagariam mais para receber em menos tempo no máximo 30 dias (prazo considerado ideal para 44% dos entrevistados). “O tempo de entrega surgiu como um ponto negativo para os 25% de entrevistados que compraram menos nos últimos 12 meses. Existe uma oportunidade para o e-commerce nacional ganhar competitividade na competição com a concorrência global, que é o prazo de entrega”, diz Terra.
Metodologia
O estudo entrevistou 434 consumidores em todo o país, e teve como objetivo entender o comportamento do consumidor brasileiro no comércio online estrangeiro.
A íntegra do estudo está disponível no site da SBVC.
Fonte: E-Commerce Brasil