Com expectativa de o setor voltar a expandir em 2017, estudo da Bain & Company aponta comportamentos do público que deverão ser considerados na definição de estratégias
A partir do ano que vem, a economia e o varejo poderão voltar a crescer, segundo a consultoria Bain & Company. Em 2017, o PIB deverá ter alta de 2%, contra queda de 4,1% deste ano. Em 2018, o aumento seria de 1,8%. Já o comércio deve acompanhar de perto essa movimentação. A fim de ajudar o varejo a se preparar para a retomada do crescimento, a Bain & Company elaborou um estudo de macrotendências do comportamento do consumidor.
“Essas tendências têm em comum a demanda por alguns imperativos estratégicos que, se adotados rapidamente, assumirão papel crucial para o bom desempenho dos varejistas”, afirma Alfredo Pinto, sócio da consultoria e responsável pela elaboração do estudo. Entre eles estão necessidade de integração de plataformas físicas e digitais e adoção do conceito de Value for Money – fornecimento de produtos e serviços com maior valor agregado sem deixar de analisar custo e benefício.
Veja a seguir os principais destaques do levantamento:
1. Conectividade e velocidade: a possibilidade de acessar as redes sociais de qualquer lugar tem impulsionado cada vez mais o compartilhamento de experiências de compra. Um consumidor insatisfeito pode, por exemplo, reclamar no Twitter ou no Facebook da longa fila sem ter ido embora da loja. Situações como essa devem ser consideradas pelos varejistas
2. Relevância da experiência: mais do que adquirir um produto de qualidade, os consumidores têm optado por empresas capazes de fornecer experiências de compra diferenciadas. É a chamada cultura da experiência, que se contrapõe à cultura da posse
3. Customização do atendimento: a ampliação dos canais de atendimento traz a demanda por contatos personalizados. Exemplo disso é o uso de programas de fidelidade que dão descontos específicos a partir dos produtos mais consumidos por cada cliente. Ou ainda o envio por e-mail de seleção de produtos que podem agradar os consumidores tendo como base a última compra
4. Saúde e bem-estar: ainda é crescente a procura por produtos associados à saúde e bem-estar, assim como aqueles que proporcionam conforto. O mercado de roupas sociais, por exemplo, vem perdendo espaço para o de modelos casuais e esportivos
5. Consumo sustentável: como já ocorre em outros países, aumenta o interesse no Brasil por produtos com embalagens recicláveis ou que sejam produzidos a partir de material reciclado. Por conta disso, ao definir o que vão comprar, os consumidores analisam cada vez mais o impacto socioambiental das empresas e de seus produtos
Fonte: Supermercado Moderno