O simples ato de comprar mudou muito nos últimos anos. A mais recente novidade da temporada, o Snapchat Spectacles, óculos que grava vídeos e faz o upload direto para a conta do Snapchat, obrigou os interessados a enfrentarem filas imensas e várias horas de espera para adquiri-lo.
O método tradicional de compras, porém, não foi o único disponível para atender aos consumidores ávidos pelo gadget, que puderam comprar o óculos também em vending machines (máquinas automáticas de vendas) em lugares exóticos como o Grand Canyon, o Rose Bowl e o Big Sur, nos Estados Unidos.
De lançamentos limitados até a venda personalizada em lugares inusitados, o mundo do varejo está prestes a ingressar no que pode ser o seu ano mais interessante até agora.
Veja cinco tendências que mudarão a maneira de fazer compras para sempre:
Fazer do ato de comprar uma experiência
Há dez anos, entrar em uma loja descolada e dar de cara com um DJ tocando era novidade. Hoje, qualquer ponto comercial faz algo desse tipo para atrair clientes. As marcas que se destacam no mercado são aquelas que transformam o ato de fazer compras em uma experiência agradável.
O Snapchat é um exemplo: a venda por meio de vending machines só foi genial pelo fato de elas terem sido colocadas em lugares inusitados, como no meio do Grand Canyon. Ao fazer isso, a empresa transformou um simples ato de comprar em uma aventura.
A chave é a conexão com o consumidor
As compras online e os pagamentos rápidos dos dias de hoje eliminaram as conexões entre o consumidor e o vendedor – situação que as grandes varejistas estão tentando mudar. Atualmente, essa tendência é maior no mundo das celebridades. No ano passado, por exemplo, os gostos dos músicos Drake e The Weeknd na moda foram incorporados por pop up shops e por marcas que trabalham em larga escala, permitindo aos fãs uma conexão com suas personalidades preferidas.
Recentemente, o designer da marca Kith NYC, Ronnie Fieg, usou o Instagram para criar uma janela em tempo real do lançamento de um produto em Aspen. Esses casos online aproveitam a tecnologia para humanizar e personalizar a transação comercial, estreitando o contato entre vendedor e consumidor.
Evolução e democratização das flash sales
Flash Sales são uma tradição no mundo do varejo. Com a internet, as coisas ficaram ainda mais interessantes.
Colocar um tempo limite para a venda de um produto se tornou uma prática comum. Kylie Jenner, por exemplo, incorporou a técnica para oferecer suas coleções de fim de ano de maquiagens em sua loja virtual.
Mas é claro que revendedores também se infiltraram no mercado online, com produtos como o tênis Yeezy, do rapper Kanye West, sendo vendidos no eBay por preços muito mais altos do que os oferecidos pelo varejo. Neste ano, podemos esperar que companhias inteligentes achem uma maneira de garantir que os clientes mais fieis seja recompensados e garantam seu lugar nos primeiros lugares da fila. A empresa canadense Shopify, por exemplo, desenvolveu um mecanismo que permite que os vendedores possam lidar com milhares de pedidos por minuto.
Fazer compras está se tornando mais social
Mídias sociais como Pinterest, Houzz, Twitter e Instagram estão quebrando barreiras ao oferecer opções de compras direto no aplicativo. A Apple também lançou um novo sistema de pagamentos online, o Apple Pay, que tornou a experiência incrivelmente fácil.
Enquanto isso, vendedores online estão fazendo parcerias com serviços como UberRUSH e Postmates para resolver os problemas e a demora nos pagamentos online. O mundo do varejo está sendo reinventado pela tecnologia. É a melhor hora para se comprar.
Consumidores diretos recebem mais do mercado
No final do último ano, os consumidores norte-americanos gastaram a mesma quantidade de dinheiro em lojas online e em lojas físicas. Mas, por trás desse fato, está a revolução da técnica direct-to-consumer, usada por empresas como Michael Kors e Oreo. Ela consiste em dispensar as lojas de departamento e vender diretamente para o cliente.
Essa prática cria uma maneira íntima e imediata que leva a uma melhor experiência de consumo. Companhias como a AYR, a Bonobos e a DSTLD jeans, pioneiras na técnica, estão aproveitando os dados de pós-venda e o feedback dos consumidores para ajustar estilo, cortes e tamanho das peças em tempo recorde.