Desde a primeira edição, em 2016, o Shoptalk procurou trazer startups com novos modelos de negócio para inspirar e mostrar como o espaço para inovação no varejo é um espaço aberto.
Este ano, há uma série de conteúdos que falam sobre a próxima geração de startups com negócios voltados para o consumidor final, uma série de novos negócios sendo apresentados com potencial para ocupar espaços vazios.
Entre elas, destacam-se Rockets of Awesome, 11 Honorés, Bellabeat’s e Lively. Todas elas têm modelos de venda direta ao consumidor e estão mudando a maneira pela qual eles descobrem e escolhem lojas e também como compram. Vale a pena analisar os modelos de negócio, como pretendem ganhar escala em um mercado extraterrestre competitivo.
1. Rockets of Awesome
A startup usa dados em tempo real e machine learning para fazer o design de acessórios e roupas coloridas para crianças. Dessa forma, a empresa desenvolve boxes personalizados que são enviados para mães ocupadas. Uma forma de tornar a compra de roupas para os filhos uma experiência mais conveniente.
Segundo Rachel Blumenthal, fundadora & CEO, sua empresa se de dica a oferecer uma forma mais simples de acompanhar o crescimento das crianças. A Rockets of Awesome permite que cada cliente receba uma caixa com diversas opções de roupa e então pode decidir o que fica e o que pode ser devolvido. A experiência de compra baseada no design faz com que os clientes possam desenvolver suas próprias criações com o mínimo risco ambiental.
Exatamente por isso que a empresa é totalmente verticalizada, controlando cada aspecto da produção, da venda, da entrega. Isso dá mais segurança aos clientes e à empresa que pode entender exatamente quais os modelos que conquistam maior preferência do cliente.
Ao fim desse processo, a empresa consegue fazer das crianças verdadeiros outdoors ambulantes, criando uma sensação de pertencimento, quando mães veem outras crianças usando roupas da mesma marca, a partir das mesmas necessidades.
2. 11 Honoré
A primeira startup a oferecer tamanhos 10-20 (medida americana) para mulheres com design criado direto na linha de montagem. A 11 Honoré saiu do papel para a execução em menos de um ano e seu modelo de negócio oferece sortimento exclusivo para consumidoras que nunca tiveram acesso a esse tipo de produto, por preços razoáveis.
Patrick Herning diz que pretendeu criar uma voz de inclusão, uma voz de simpatia voltada para fazer com que consumidores tenham a experiência de uma vida em contato com a marca. E quem são os consumidores? Mulheres, jovens, de qualquer país, que estão à procura de novas marcas, mais contemporâneas.
A 11 Honoré quer criar uma plataforma de alta moda voltada para mais pessoas, o que a faz procurar sempre por novas marcas e estilos contemporâneos. A empresa já lançou 14 novas marcas e buscam fomentar relacionamentos com os clientes em todos elas.
A plataforma editorial chama-se Page 11, na qual falam sobre moda, viagens, beleza e permitam que as consumidoras possam ver a si mesmas, interagindo com diversos modelos e buscando inspirações. Também já começaram a vestir influenciadora se algumas celebridades para tornar a marca mais plural e presente.
3. Bellabeat’s
Uma espécie de loja de presentes que faz artigos Wearable para mulheres, destinados a checar indicadores de saúde e bem-estar – sono, atividade, fertilidade e quanto tomam de água ao dia. Urska Srsen criou a empresa para ser uma fornecedora de bem-estar fashion.
Os dados da indústria de beleza e bem-estar não param de crescer, e a combinação da tecnologia, da inovação e do bem-estar permite criar um tipo de design e de funcionalidades para os clientes atuais. “Os produtos da Bellabeat’s colocam corpo e mente em um só e fazem objetos ordinários tornarem-se extraordinários”.
A forma pela qual a empresa procura entender mais suas clientes parte de um aplicativo, que traz programas de exercícios, nutrição, e serviços, nos quais os produtos ganham nova dimensão e fazem com que elas possam atingir a melhor versão de si mesmas.
4. Lively
Marca de roupas íntimas que diluiu a diferença ente lingerie, roupa de praia e moda fitness, combinando estilo e conforto, criando uma nova categoria – Leisurée. A empresa controla o processo global de produção, do design à distribuição, com um serviço ao cliente impecável que permite à Lively realinhar a produção dos itens mais populares a partir do feedback recebido.
A missão da empresa, segundo a CEO, Michelle Cordeiro Grant, é servir mulheres que vivem orientadas a propósito, paixões e emoções, de forma honesta e transparente, inseridas e sendo úteis para suas comunidades.
A vantagem competitiva da empresa está no sistema de logística e na gestão da cadeia de valor, baseada em acessibilidade e inovação. As clientes dizem o que a Lively deve fazer para elas, por exemplo, sutiãs sem armação, que valorizem as mulheres como elas são, para que possam exercer a sua própria individualidade. O tempo de reação então precisa ser instantâneo, com fábricas capazes de atender a Lively no primeiro momento. Finalmente, a empresa tem um ethos particular, um estilo de vida que repercute entre as clientes. Uma marca que se orienta a ajudar a comunidade primeiro.
Temos aqui novos exemplos de empresas, todas elas focadas em linhas de produtos agregadas a serviços e a propósitos bem definidos. Veja o leitor que não se trata negócios criados para resolver problemas pessoais. E sim, modelos criados para resolver lacunas de mercado com propósitos bem desenhados.
Fonte: Novarejo