Num ano em que a indústria de cosméticos nacional teve a primeira retração em mais de duas décadas, a Avon, gigante do setor de beleza, também sentiu o baque. Segundo seu presidente no Brasil, David Legher, para reverter o quadro e voltar a crescer no país, a companhia vai apostar naquilo que é a marca registrada da empresa desde sua fundação: as revendedoras. Se aproximar mais das 1,5 milhão de revendedoras brasileiras e capacitá-las para que consigam vender mais e melhor é um dos focos da Avon neste ano, disse ele ao GLOBO. A estratégia foi definida após a venda de 16,6% da Avon global e de 80,1% dos negócios na América do Norte ao fundo de private equity Cerberus Capital Management, num negócio de US$ 605 milhões, anunciado em dezembro. Agora, queremos dar um valor diferente, um nível diferente à revendedora. Queremos melhorar nosso relacionamento com elas e aumentar a possibilidade de lucro disse Legher, descartando a entrada no ecommerce e em lojas físicas. (Roberta Scrivano)
O Globo – RJ