14/11 às 02h54
Jornal do Brasil
Grupos alternativos aproveitam negócios de credores
Matéria publicada dia 13 de novembro no Financial Times, por Laura Noonan e Martin Arnold, fala que as operadores de mercado, incluindo seguradoras, administradoras de ativos e P2P estão oferecendo financiamentos baratos e convenientes. Emprestar dinheiro para indivíduos e empresas é o que mais os bancos fazem. Mas o crescimento rápido de credores alternativos, como plataformas de P2P, estão alimentando as previsões de que os bancos vão sofrer perdas de cotas de mercado, semelhante ao que está acontecendo com os táxis tradicionais com relação ao Uber. Impulsionados por baixas taxas de juros e rendimentos abaixo de zero, muitos investidores privados e fundos de hedge despejaram bilhões em novos credores P2P, ou de mercado. Estas plataformas coincidiram com os mutuários e investidores, ultrapassando os bancos, oferecendo rendimentos mais elevados e mais rápido, mais barato, e com mais facilidades.
Segundo a reportagem, os participantes minimamente reguladas, que incluem Lending Club, Financiamento Circle e Prosper, foram agressivamente repreendidos em seus negócios por bancos que têm reduzido as partes de maior risco de seus balanços em face de regulamentação mais rígida, formalizada. “Todas as ameaças competitivas para os bancos provenientes de setor de tecnologia estão crescendo”, diz Renaud Laplanche, fundador e executivo-chefe da sede da empresa Lending Club, em São Francisco, a maior do mercado. Ele cita o crescimento de credores on-line no consumo, uma mudança para pagamentos por grupos de tecnologia como PayPal e um desafio para os gestores de ativos a partir de novos “conselheiros eletrônicos” que geram carteiras automatizados para os investidores.Esse novo negócio têm atraído alguns dos mais antigos titãs de Wall Street, incluindo John Mack, ex-presidente e executivo-chefe da Morgan Stanley e Lawrence Summers, ex-secretário do Tesouro dos EUA, que integram o conselho da empresa Lending Club.
As seguradoras e gestores de ativos também estão roubando a participação de mercado dos bancos tradicionais, com facilidades de empréstimos diretos. No Reino Unido, a M & G e Legal & General estão entre esses grupos, que agora pedem empréstimos para empresas de médio porte. Os investidores em todo o mundo levantaram quase US$ 80 bilhões para os fundos de empréstimos diretos nos últimos dois anos, uma vez que atendem a crescente demanda de empresas de pequeno porte para fontes alternativas de financiamento, segundo a empresa de análise de dados Preqin.
Jornal do Brasil on-line – RJ