08 de Setembro de 2015 09:34
Primeiro foi o PC, então a internet, então o smartphone e o tablet. Agora, as companhias de tecnologia querem conectar todos eles com a sua porta da frente, com a luz do seu banheiro, com o seu forno basicamente, com qualquer coisa que tenha um botão de liga-desliga, e algumas coisas que ainda não o tenha usando uma miríade de sensores por toda a sua casa.
A Samsung vai começar a vender neste mês um kit para uma casa conectada, intensificando a concorrência com o Google e a Apple na oferta da indústria para vender sistemas que desliguem as luzes quando ninguém está na sala, ou que permitam que você controle o termostato da sua casa remotamente, do carro ou do metrô.
Batizado de Smart Things, a linha de dispositivos inclui tomadas elétricas, sensores e um hub central que se conecta ao roteador de internet da casa para coordenar diferentes aparelhos. Ele estará à venda nos Estados Unidos e no Reino Unido a partir do dia 10 de setembro e em outros lugares a partir do ano que vem, disse a empresa na IFA, em Berlim, na última quinta-feira, 3.
Nós achamos que esse é um ótimo novo motor para o crescimento, disse o diretor da Samsung no Reino Unido, Andy Griffiths, em uma entrevista. A proliferação dos sensores conectados a objetos que se conectam à web irá criar uma nova era em tecnologia e eletrônica.
Com a versão da Sammsung, os consumidores podem usar um aplicativo em seus smartphones para configurar rotinas, um conjunto de ações para um momento do dia, como na função Good Morning, que liga os rádios, coloca a cafeteira para funcionar e aumenta a temperatura da casa. As luzes noturnas podem ser ativadas quando um sensor nota que alguém está saindo da cama. Usuários podem ver quem está na porta da frente e abri-la remotamente, receber um alerta quando os canos de suas casas de férias começarem a vazar e um alerta se as suas janelas forem arrombadas.
O que diferencia o Smart Things do Home Kit, da Apple, e do Nest, do Google, é que ele é uma plataforma aberta gratuitamente para desenvolvedores, aumentando o número de aparelhos que podem ser conectados, disse Griffiths.
A Intel está fazendo um esforço semelhante para a automação de residências, hotéis e locais de trabalho. Na IFA, ela demonstrou placas de carregamento wireless que podem ser fixadas embaixo de escrivaninhas e mesas para carregar rapidamente os dispositivos que estiverem em cima delas. Contudo, esta tecnologia não vai estar disponível antes do final de 2016.
Ainda na IFA, a Panasonic disse que neste mês vai começar a pré-venda da Nubo, uma câmera de segurança que se conecta por meio de redes móveis, permitindo que os usuários monitorem locais sem conectividade Wi-Fi.
A Samsung ainda está trabalhando em uma solução para a forma de cobrança do serviço para conectar e monitorar o Smart Things por meio do app. Por enquanto, os consumidores podem comprar o kit inicial por 199 libras na Inglaterra, ou então adquirir sensores individuais. O aplicativo e os serviços que ele presta serão gratuitos.
A Samsung tem parcerias com a Royal Philips para o dispositivo de iluminação Hue, para o Honeywell International e para o alto-falante Bose Corp, entre outros. O aplicativo vai funcionar em celular Android, Apple, e Windows Phone.
A Samsung afirma ter garantido segurança das conexões usando a mesma tecnologia de criptografia usado pelos bancos. Ela também segmentou as conexões de forma que, se qualquer parte da casa conectada estiver comprometida, os hackers não conseguirão acessar as outras.
Meio e Mensagem on-line – SP