Quem planeja o futuro e realiza correções no presente pode utilizar dados concretos e precisos da sua organização
Os mais modernos sistemas de registros de fluxo de pessoas nas lojas do varejo permitem, além da contagem de entrada e saída dos clientes, avaliações como as áreas quentes do estabelecimento (as regiões mais nobres de vendas e tráfego). Conhecidos tecnicamente como contadores de fluxo, funcionam de forma independente nos corredores ou posicionados na entrada da loja. Mas a exemplo de outras tecnologias disponíveis para o varejo, sua eficácia depende da forma como é utilizada e se faz parte da rotina contida nas normas e procedimentos da empresa.
Em resumo, a tecnologia de contagem de fluxo disponível atualmente permite comprovar quantas pessoas entram em um determinado shopping center depois de uma campanha realizada com esse fim ou também em uma sala de espetáculos, versus a quantidade de tíquetes vendidos. Ou, ainda, o efeito da mudança de uma fachada depois de uma reforma.
Hoje, esse modelo de tecnologia é de fácil instalação, pois seu aplicativo é inserido no próprio sistema, podendo ser configurado diretamente pelo usuário. Possui um custobenefício bem favorável ao varejista, quando usado de forma adequada e se aproveitados ao máximo os dados estatísticos gerados por ele. Bem como os relatórios, que são de fácil acesso e podem ser vistos em qualquer computador conectado à internet. Seu software de controle permite executar, consultar e exportar dados de equipamentos instalados em diferentes ambientes.
Buscamos outros exemplos de possibilidades de informações bastante úteis para o varejo fornecidas pelos contadores de fluxo, tais como:
– Correta informação sobre o fluxo de pessoas em loja (número exato).
– Gestão da equipe e do caixa: trabalho planejado e preventivo para evitar filas no check-out e a falta de funcionários nos horários de pico.
– Relatório completo com dias e horários de maior movimentação, melhor período para realizar o rodízio da equipe e o momento certo para acionar caixas extras.
– Medição do resultado de campanhas promocionais, diárias ou periódicas: o anúncio publicado na TV ou no jornal aumentou o fluxo de clientes? Em caso positivo, gerou vendas adicionais?
– Conhecer o comportamento da loja A versus B ou C em relação ao fluxo e aos resultados de vendas.
– Tempo médio de permanência do cliente na loja.
Se o varejista planeja o futuro e permanentemente realiza correções no presente, pode deixar de lado o achômetro e utilizar dados concretos, próprios e precisos da sua organização.
* Luiz Fernando Sambugaro é diretor de Comunicação da Gunnebo Brasil
Revista No Varejo on-line – SP