Por Redação SM – 24/07/2015
Essas empresas conseguiram expandir o faturamento acima da inflação, mesmo tendo promovido reajustes em suas tabelas
Poucas empresas do setor de consumo têm conseguido, neste ano, aumentar preços e ampliar volume de vendas e receita líquida com o cenário de inflação alta, demanda baixa e crescimento nas despesas vistos no País. É o caso de Unilever e Pepsico, que têm se saída melhor nesse cenário.
De janeiro a junho, a Unilever apurou alta de 1,6% no volume de vendas, de 9,7% nos preços e de 13,3% no faturamento registrado na América Latina, onde o Brasil é a maior operação.
Já para a Pepsico, as vendas subiram 23%, o lucro operacional, 15%, e o volume vendido, 3%, nos países latinos. Esses números são referentes a abril a junho de 2015. México e Brasil são os maiores mercados do grupo na região e têm maior peso nesses números.
O cenário não é o mesmo para a Coca-Cola, por exemplo. A empresa apurou queda de “um dígito baixo” nos volumes vendidos no Brasil de abril a junho. Ao mesmo tempo, a empresa praticou aumentos de 7% no primeiro semestre na operação da América Latina, com Brasil e México entre os maiores mercados na região. As novas tabelas conseguiram compensar a perda de volume e elevar a receita.
Para consultores de varejo, o grande risco nesses momentos é “errar na mão”, que seria praticar aumentos de preços que acabem reduzindo a demanda além do necessário para sustentar os resultados. “Nessas horas de crise, uma das regras básicas é desovar estoque, custe o que custar. Isso porque, num cenário difícil, produto parado ‘descapitaliza’ muito a empresa. O que acontece é que todos no mercado estão fazendo o mesmo, e praticando preços mais agressivos para reduzir estoque, então o volume nem sempre sobe dentro do previsto e a margem de lucro cai junto”, afirma Manoel Araújo, sócio diretor na Martinez de Araújo Consultoria de Varejo.
Fonte: Valor Econômico
Revista Supermercado Moderno online – SP