Resultado não representa melhora do índice, mas queda no consumo, segundo Boa Vista SCPC
Mariana Pitasse
mariana.pitasse@brasileconomico.com.br
O índices de inadimplência do consumidor das cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo apresentaram movimentos contrários em março, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).
Na capital carioca o índice apresentou crescimento de 4,7% na comparação com fevereiro, e na capital paulista, houve queda de 10,9% no mesmo período.
Na comparação anual, por outro lado, as duas cidades apresentaram o mesmo movimento de queda.
No Rio, a inadimplência foi 0,9% menor a relação de março de 2015 contra março de 2014.
Na variação acumulada em 12 meses, o indicador também caiu 6,3%.
São Paulo, por sua vez, apresentou queda de 12,9% na comparação de março de 2015 contra março de 2014, enquanto na variação acumulada em 12meses o indicador caiu 5,8%.
De acordo com o economista do SCPC, Flavio Calife, as diferenças do movimento mensal nas duas cidades refletem resultados pontuais.
Porém, os números acumulados apontam o movimento real. Temos percebido que nas cidades onde o custo de vida aumentou muito, o consumo diminuiu muito também. A queda da inadimplência não representa uma recuperação do indicador, mas sim um resquício do ciclo do crédito. As pessoas estão fazendo menos dívidas novas e pagando menos dívidas antigas, explica.
Ainda segundo pesquisa da Boa Vista, o indicador de recuperação de crédito do consumidor no Rio de Janeiro obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplência apontou queda de 3,1% na variação de março de 2015 contra fevereiro 2015.
Na comparação de março desse ano contra o mesmo mês do ano anterior, houve queda de 7,5% no pagamento de dívidas.
A recuperação de crédito também caiu 13% na comparação acumulada em 12 meses.
Já em São Paulo, o indicador da Boa Vista registrou queda de 5,3% na na variação de março de 2015 contra fevereiro 2015.
Na comparação de março desse ano contra o mesmo mês do ano anterior, houve queda de 11,5% no pagamento de dívidas.
Por fim, a recuperação de crédito caiu 11,8% na comparação acumulada em 12 meses.
Brasil Econômico – SP