PARA MINISTRO, a apresentação do balanço auditado da empresa vai ser primeiro passo
Em encontro durante a Cúpula das Américas de Política Monetária, em Nova York, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que a apresentação do balanço auditado da Petrobras, marcada para amanhã, será mais um passo na reconstrução da empresa. Levy também destacou a renovação do conselho de administração da estatal, que deverá ter mais profissionais da iniciativa privada e menos indicações políticas.
A Petrobras está atrasada na divulgação dos resultados contábeis do ano de 2014 e do terceiro trimestre (dados revisados) em razão do impacto das investigações da Operação Lava-Jato, sobre o esquema de corrupção na companhia. Os números devem conter as perdas referentes aos desvios.
A expectativa é de que eles (Petrobras) conseguirão publicar o balanço auditado e que será muito bom afirmou Levy.
O ministro comentou que a preocupação com a situação da estatal é boa, mas indicou que parte das mudanças tem a ver também com a queda dos preços do petróleo no mercado internacional.
A dívida líquida de R$ 300 bilhões será a próxima batalha da diretoria da Petrobras depois da entrega dos balanços auditados. Aldemir Bendine, presidente da estatal, e Ivan Monteiro, diretor financeiro, estudam estratégias para reduzir o endividamento. Medidas já anunciadas, como corte de investimentos e venda de ativos, ajudam ao reduzir a demanda por financiamento. A dupla também estuda outras iniciativas.
A dívida já havia passado dos R$ 261 bilhões em setembro, com a alta de 25% do dólar no período 67% da dívida da estatal é nessa moeda. E cresceu mais, com os novos empréstimos: R$ 10,7 bilhões com a China, no final de março, e R$ 9,5 bilhões acertados na última sexta-feira com bancos brasileiros.
A empresa diz que não precisa mais levantar recursos neste ano, porque planeja vender US$ 13,7 bilhões em ativos até 2016 acaba de vender R$ 9 bilhões em plataformas e tem R$ 5 bilhões em crédito pré-aprovado.
Levy reafirmou que o Brasil vai cumprir a meta de superávit primário (economia feita para o pagamento de juro) de 1,2% do Produto Interno Bruto neste ano. De olho no ajuste fiscal, o ministro disse que concentrará esforços para aprovar o projeto que reduz a desoneração da folha de pagamento.
Zero Hora – RS