09/02/2015
Ana Paula Silva
São Paulo – Driblar a insegurança do cenário econômico, que pode ameaçar o desempenho do atacarejo é a meta do Grupo Eletrônica Santana. A empresa paulista aposta na diversificação dos negócios para crescer e projeta alta de 15% este ano, ante aos R$ 35 milhões alcançados no ano passado.
Formada por três empresas, a companhia conta com a ES Tech, de videoconferência e customização de softwares; a Eletrônica Santana, de aparelhos de segurança, telefonia e massageadores, além da Distribuidora Dailer Shop, que revende artigos voltados às pequenas e médias empresas.
De acordo com o diretor comercial do Grupo, Rubens Branchini, o carro-chefe é o voltado à infraestrutura para transmissão de videoconferência, e que deve manter elevados os negócios este ano. Segundo o executivo, uma das preocupações é com a inovação. Tanto que no ano passado, o grupo investiu R$ 3 milhões em infraestrutura e na capacitação da equipe.
A atenção ao treinamento ganha destaque, afinal a companhia faz instalação de equipamentos e tem entre clientes as empresas Cegelec, Intercement (Grupo Camargo Correa) e TAM.
Conforme o executivo, uma das estratégias para fidelizar as empresas é personalizar o atendimento, sempre buscando entender as necessidades do público corporativo. “Eles precisam de atenção especial, pois têm exigências específicas. Um dos recursos é manter o estoque moldado ao perfil de cada um. Outro é tentar sempre customizar o atendimento”, comentou.
Mercado aquecido
Ainda com relação ao braço de negócio ES Tech, além de a empresa crescer com a comunicação unificada, envolvendo telefonia corporativa, segurança eletrônica e videoanálise (serviço de análise de lojas de varejo), a customização de softwares tem dado certo.
Pesquisa global realizada pela consultoria de recrutamento especializado Robert Half, indica que o número de videoconferências no Brasil cresceu 52% no último ano. O País ficou atrás apenas do Chile, que cresceu 57%.
Para o executivo, o bom desempenho do mercado se deve às próprias vantagens oferecidas pelo equipamento. “Os sistemas que nós vendemos trazem economia financeira para as empresas, além de reduzirem o tempo gasto em reuniões. Com o trânsito caótico das grandes cidades, muitas empresas compram equipamentos para realizar reuniões entre sedes de companhias.”
Entre os serviços da ES Tech, Branchini ressalta também a solução que permite levantar a quantidade de pessoas que entraram em um estabelecimento, o tipo de público e até onde a loja tem mais movimento. “Tudo é feito com uma câmera e um software capaz de levantar o perfil do cliente”, afirma.
A Eletrônica Santana vende itens de telecomunicação, bem-estar, aparelhos telefônicos, etc., já a Distribuidora Dailer Shop é uma empresa que atenda apenas empresas revendedoras e vende algumas marcas de produtos. “Quando nós criamos a nossa loja digital, começamos a receber pedidos de instalação dos produtos e diante dessa demanda nasceu a ideia de criar uma empresa que prestasse esses serviços”, afirmou o executivo.
Pontos de venda
Atualmente, o Grupo possui uma loja física na zona norte da capital paulista, mas pretende inaugurar mais quatro unidades na Grande São Paulo. Outra intenção é expandir a marca Eletrônica Santana por meio do modelo de franquias. “Estamos pensando em criar, em 2017, uma rede de franquias. Mas a ideia ainda está sendo analisada”, afirma o diretor comercial.
Outro ramo que a companhia tem explorado, com sucesso, é o de vendas pela internet. Há cerca de 11 anos, o grupo investiu R$ 30 mil em e-commerce para montar uma loja on-line e mudar a forma de atuação no mercado.
Com o novo cenário de serviços prestados no mercado, a empresa afirma ter ampliado o número de produtos em seu portfólio, por acreditar que há demanda no mercado interno.
Hoje, a marca possui mais de 6 mil itens de informática, telefonia e segurança. Atualmente, o grupo empregar mais de 100 funcionários e atua em uma área com nichos dominados por concorrentes como Kalunga, Leroy Merlin, Telhanorte, entre outros.
DCI – SP