31/12/2014
* Por Frederico Flores
Os Marketplaces, que são uma espécie de shopping virtual, crescem em número e qualidade. Mas é importante ressaltar que a operação de vender em marketplace é muito mais complexa. Há dependência de uma plataforma com regras de negócios particulares e a necessidade de integrações entre diferentes sistemas, o que dificulta demais a operação de qualquer empresa.
Deixando de lado os investimentos com estrutura física (computadores, estoque etc), o custo inicial para começar a vender dentro de um marketplace é muito menor que e-commerces tradicionais. Isso porque marketplaces, em geral, possuem pacotes de soluções e recursos integrados, já incluídos no custo da comissão. Você não precisará se preocupar com a criação de um site, contrato com intermediadores de pagamento, sistemas de análise de risco ou ainda, fazer altos investimentos em marketing. O custo de publicidade em um marketplace é compartilhado entre todos os anunciantes e, portanto, o custo real pago sobre cada venda costuma ser bem menor que e-commerce convencionais.
Quanto aos comerciantes, além dos pequenos, empresas de médio e até grande porte aderiram aos marketplaces, buscando um complemento em suas vendas, de olho no consumo online que, só em 2013, movimentou R$ 28 bilhões. Porém, em meio a tantas ofertas nos marketplaces, há a necessidade de se destacar entre os demais vendedores. Colocar um produto no topo das listas de buscas não é tarefa fácil e para isso, é preciso vender mais. Desta forma, resta aos vendedores adotar estratégias como preços mais atraentes e entregas mais rápidas.
Como a maioria dos marketplaces leva em consideração a qualidade geral da operação dos anunciantes para definir as empresas que ficarão no topo dos resultados de busca, os e-commerces com uma retaguarda organizada largam na frente dos demais, já que uma estrutura eficiente do ponto de vista tecnológico permite envios mais rápidos e atendimento de melhor qualidade.
Além disso, as vendas dentro de um marketplace demandam captura de dados e realização de tarefas específicas dentro de cada site. Isso faz com que exista a necessidade de automatização. A tecnologia, portanto, não faz com a operação fique melhor, pura e simplesmente, mas, sobretudo, mais barata.
Por fim, gerir um marketplace do tamanho do Mercado Livre não é tarefa fácil. O maior desafio, sem dúvida, é tornar a experiência de compra do consumidor a melhor possível. Oferecer diversas formas de pagamento, criar meios de segurança na plataforma, avaliar constantemente os vendedores, reduzir as etapas do fechamento de uma venda e fomentar a plataforma sempre com as melhores ofertas são os desafios com que um marketplace deve lidar, todos os dias, incansavelmente.
* Frederico Flores é CEO e Co-founder da Ecommet, empresa de tecnologia, consultoria e soluções para e-commerce
Revista No Varejo on-line – SP