Zara impõe limite mensal de peças por cliente na Venezuela
Medida teria como objetivo evitar desabastecimento das lojas diante da dificuldade de repor os estoques
POR EL PAÍS
17/11/2014 17:10 / ATUALIZADO 17/11/2014 17:11
Loja da Zara em Hong Kong: Diferentemente do que acontece no resto do mundo, unidades da Zara na Venezuela limitou em cinco peças as compras mensais dos clientes – Lam Yik Fei / Bloomberg
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MADRI – Ir às compras até estourar o limite do cartão e um pouco além? Na Zara da Venezuela, não. No país, os clientes da cadeia de lojas espanhola só podem levar para casa cinco produtos por mês. A imprensa do país repercutiu, este fim de semana, o racionamento imposto pela empresa que gere as marcas da espanhola Inditex no país.
Esta foi a forma encontrada pelo grupo para racionar suas mercadorias diante da avalanche de compradores depois da falta de estoque nos últimos meses um reflexo das dificuldades que as empresas estrangeiras têm encontrado na hora de repor sua reserva de produtos no país.
As redes sociais se encheram de fotografias que mostram longas filas nas portas de lojas da Zara em centros comerciais da capital Caracas. Para garantir que cada consumidor adquira apenas as cinco peças mensais, segundo relata o La República, exige-se que os clientes se registrem.
Depois de informar seus dados, o cliente recebe um número para poder entrar nos estabelecimento. E a compra que realizarem fica registrada em seu nome, impedindo que ele volte a fazer compras pelo prazo de um mês.
E a empresa definiu até o tipo de compras que cada cliente pode fazer dentro do limite mensal de cinco peças. São, no máximo, três superiores (blusas, jaquetas, suéteres e similares), e duas inferiores, como calças, bermudas ou saias.
Muitos meios de comunicação ressaltaram que a ordem do governo para que as empresas vendam produtos a preços justos no início da temporada de natal está afetando o comércio e, diante da possibilidade de que as mercadorias voltem a escassear, os consumidores estariam pretendendo antecipar suas compras para o fim do ano. E este teria sido o fator que levou a Zara a impor o limite de peças.
Já o Venezuela al día afirma que os preços cobrados pelas lojas são baixos porque as mercadorias foram adquiridas em dólar preferencial.
O Globo Online – RJ