Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier | “Estes resultados de setembro mostram que o varejo deve ser beneficiado pela queda na inflação, o mercado de trabalho aquecido e o crescimento da massa salarial”, destacou Rafael Perez, da Suno Research, embora avalie que o cenário doméstico, de endividamento elevado e inadimplência alta entre as famílias, ainda deve impedir uma retomada mais robusta do comércio.
Entre as oito atividades pesquisadas, em setembro apenas três tiveram avanço nas vendas varejistas. O maior impacto foi registrado pela alta de 1,6% nas vendas de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo.
“Um dos fatores principais para o resultado dessa atividade é a escolha orçamentária das famílias, que está voltada para os itens de primeiras necessidades”, explicou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
“Com o aumento da população ocupada e da massa de rendimento, as pessoas estão usando o rendimento habitual para os gastos em hiper e supermercados e não está sobrando para concentrar em outras atividades”, completou.
Móveis e Eletrodomésticos tiveram alta de 2,1%, enquanto Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria registram alta de 0,4% nas vendas.
Já as cinco atividades que tiveram variações negativas foram Combustíveis e lubrificantes (-1,7%), Tecidos, vestuário e calçados (-1,1%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,9%); e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,1%).
Fonte: Economia UOL