Por Redação | A Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) apresenta o Mapeamento de Fluxo de Visitas em Shopping Centers e Lojas Físicas do Brasil. Os dados são oriundos da FX Data Intelligence e da F360°, investidas da HiPartners, Venture Capital focado em Retail Techs, e chancelados pela 4Intelligence e pela SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. O estudo apresenta tanto a variação da quantidade de visitantes e vendas em relação ao mesmo período de 2022, como o comparativo com o mês anterior.
Em junho de 2023 o fluxo de visitas cresceu 3% nas lojas físicas em relação ao mesmo período do ano passado. Os lojistas de rua contaram com crescimento de 11%, enquanto os de shopping tiveram resultado mais tímido, com alta de 2%. Na margem, o descolamento no fluxo de visitação entre os tipos de loja se mantém, assim como também visto no relatório do mês passado, explicando a diferença no crescimento anual.
O mapeamento também apresenta recortes regionais e por segmento. A alta no fluxo de visitação em junho de 2023 em lojas físicas (3%), contra mesmo mês de 2022, foi heterogênea entre as regiões. Enquanto Norte (-4%) e Nordeste (-0,5%) observaram queda, as demais regiões tiveram crescimento, com destaque para Centro-Oeste (10%), seguido por Sudeste (4%); enquanto a região Sul aproximou-se da estabilidade (0,1%). Em relação ao volume de vendas, o movimento de alta (9%) para o Brasil foi generalizado territorialmente. O destaque positivo foi o Nordeste (13%), seguido pelo Sul (8%) e Norte (8%). Sobre o faturamento nominal, a maior alta também foi no Nordeste (20%), seguido pelo Sul (16%).
O fluxo de visitação contou com queda em 1 dos 5 setores com dados para este mês. O destaque negativo foi o setor “Livros, jornais, revistas e papelaria”, com queda de 30%. A maior alta foi “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos”, com crescimento de 26%. O destaque negativo para volume de vendas fica para “Outros artigos de uso pessoal e doméstico” (-5%). Já o destaque positivo foi o setor de “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos”, com alta de 15%. No faturamento nominal, os setores de destaque, tanto positiva quanto negativamente, repetem-se, com alta de 23% para “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos”, e queda de 3% para “Outros artigos de uso pessoal e doméstico”.
“Houve uma melhora no cenário de consumo das famílias, com destaque para a renda, que se beneficiou do dinamismo do mercado de trabalho, da recomposição do salário-mínimo e da ampliação do Bolsa Família. Outro vetor importante deste comportamento é a dinâmica benigna que se instalou no mercado de alimentos devido ao arrefecimento da inflação desta categoria. Mas, se por um lado os consumidores se beneficiam de um choque de oferta que acarretou a queda dos preços de alimentos e outros insumos no atacado, por outro, um cenário de crédito mais restrito, além de um alto grau de endividamento familiar, desestimulam o crescimento da demanda por bens duráveis, o que pode ser um sinal de alerta.” afirma Eduardo Terra, Presidente da SBVC.
“Sabemos que o varejo enfrenta um momento desafiador frente ao cenário macroeconômico nacional e global. Mesmo com os índices em alta, a aprovação da reforma tributária, por exemplo, pode trazer diversos impactos, já que setor é bastante exposto a benefícios fiscais, principalmente atrelados ao ICMS, como também à Lei do Bem, Lei da Moda e à Sudene, que poderiam ser reduzidos com a implementação de um imposto único. Por isso a importância de permanecer com modelos de eficiência para preservar margens e trabalhar as bases que já estão dentro de casa.” comenta Flávia Pini, sócia da HiPartners Capital & Work.
O estudo está disponível na íntegra para download em nosso site: https://sbvc.com.br/estudo-fluxo-de-visitas-em-shopping-center-e-lojas-fisicas-no-brasil-1o-semestre-de-2023/