A Reserva, grupo carioca que atua no varejo de moda com as marcas Reserva, Mini e Eva, deve crescer 28%, passando a R$ 320 milhões em faturamento em 2016. “Desde o lançamento da companhia, há dez anos, todos os anos foram de lucro”, afirma o fundador e CEO Rony Meisler. O volume de investimentos em 2016 será 70% maior do que o aplicado no ano passado, diz Meisler, sem revelar valores. Este ano, ao todo, entre lojas franqueadas e próprias, a meta é inaugurar 20 pontos.
Com 65 lojas, sendo 60 próprias, o grupo de mil funcionários vende para 1,4 mil multimarcas e também cresce por meio de franquias, modelo de negócios iniciado há três anos. No ano passado, foram abertas três unidades e, em 2016, a previsão é abrir de uma a três novas franqueadas. O valor do investimento para os franqueadores leva em conta a cidade, o ponto e o tamanho da operação, mas é, em média, de R$ 800 mil. O faturamento médio por estabelecimento alcança R$ 2 milhões ao ano.
Criada em 2006, a empresa nasceu quando Meisler e o sócio, Fernando Sigal, perceberam que cinco colegas usavam a mesma bermuda na academia que frequentavam. Sem entender de moda – Meisler é engenheiro de produção e trabalhava na consultoria Accenture – decidiram iniciar a confecção de peças masculinas, com um lote inicial de 300 bermudas, vendidas em dias. “Todos me diziam que homem não comprava roupa.” Hoje, a produção anual ultrapassa 1,5 milhão de itens.
Para acompanhar a demanda, a varejista tem um olhar atento para a tecnologia. Desenvolveu, “dentro de casa”, um software para operar a reposição automática do estoque que, segundo o empresário, garante um ganho de eficiência de até 40%. A empresa também montou uma operação mais elaborada no pós-venda, com um sistema que registra os históricos de consumidores. “Os vendedores podem ligar para o cliente e avisar que aquela peça que ele gosta chegou.”
A Reserva ainda criou um serviço que entrega roupas para o cliente escolher e comprar em casa. A facilidade, batizada de Reservado, já é responsável por 20% do total das vendas.
Em 2015, a Reserva foi a única brasileira a entrar na lista da revista “Fast Company”, como inovadora.