A Sunglass Hut, rede de varejo da Luxottica, que detém marcas de óculos de sol como Ray-Ban, acaba de definir seu modelo para saltar de 73 para 200 lojas no Brasil nos próximos anos, escolhendo o franchising como estratégia de expansão. A empresa tem hoje 3600 unidades pelo mundo, 2000 delas nos Estados unidos, e até agora só havia recorrido às franquias onde a legislação proíbe investimentos integralmente estrangeiros, como China e Índia. Leia abaixo a entrevista com o italiano Giorgio Prado, responsável pela marca na América Latina.
Como um grupo como a Luxxotica por trás, por que a Sunglass Hut vai recorrer ás franquias para o Brasil?
Realmente não é por uma questão financeira, mas a verdade é que no Brasil nos deparamos com um continente, com grandes desafios culturais e logísticos. Também tem a questão da legislação, em que é mais vantajoso se manter pequeno para participar da tributação do Simples.
Recentemente, o Brasil tem atraído interesse de multinacionais nesse setor, como a holandesa GrandVision. O que está acontecendo?
Esse segmento guarda muitas oportunidades para nós. Existem outras grandes redes, como Óticas Carol e Chilli Beans, mas nenhuma é focada em óculos de luxo ou premium, como nós. Uma vende óculos em geral e outra é focada em outro perfil de público.
Qual a previsão de investimento da marca para a região?
Temos um plano de expansão significativo para a América Latina. Nossa meta é acrescentar mil novas unidades à nossa base global e a região é fundamental para isso. O México é nosso primeiro mercado, com 180 lojas e podemos chegar a 250. O Brasil pode receber 150, 200 lojas. Também vamos investir no Peru e na Colômbia.