Por Redação | Pesquisa realizada pela RD Station apontou que apenas 25% das empresas de comércio eletrônico do país conseguiram bater suas metas em relação às vendas no ano passado.
Sobre os objetivos de marketing, 34% dessas empresas do setor atingiram os resultados esperados. Ainda de acordo com o estudo, o aumento da conversão ou engajamento de contratos e a criação de ofertas e conteúdos que conversem com o público estão entre as principais dores dos times de marketing do varejo eletrônico.
Respectivamente, esses dois pontos foram apontados por 35% e 12% dos consultados. A pesquisa compõe os Panoramas de Marketing e Vendas 2024, promovido pela RD Station e que mostra os principais insights e tendências do setor.
Ainda segundo o estudo, 76% dos times de e-commerce têm apostado nas redes sociais como principal estratégia de marketing digital, seguido por mídia paga, 72%, e marketing de conteúdo, 60%. Os números mostram a importância do uso dos múltiplos canais de marketing para suprir as duas principais dores do setor, que conforme o Panorama, são em 35% para aumento ou engajamento de leads e 12% criar ofertas e conteúdos que conversam com público. O estudo também indicou que 89% dos e-commerces estão fazendo ações de inbound marketing.
O estudo também revela que 55% das equipes de marketing em e-commerce afirmaram usar IA em seus negócios. As principais frentes para o uso de IA são de criação de conteúdo, 45%; personalização de campanhas, 29%; e planejamento, 22%. No entanto, somente 12% aproveita para analisar dados e relatórios, o que tem sido uma das principais dores no setor. O Panorama, mostra que, para o próximo ano, 53% vão continuar com IA para ter mais produtividade; 46% com vendas nas redes sociais e 39% apostarão em conteúdo audiovisual.
Já o levantamento Consumer Insights Q2 2024, produzido pela Kantar, aponta que a América Latina completou oito trimestres consecutivos de expansão no consumo. A metade de 2024 acumulou um crescimento sólido de 2,5% em termos de volume.
Do ponto de vista econômico, por exemplo, a redução da inflação e do desemprego permite aos consumidores recuperar parte do poder de compra. Isso se traduz em carrinhos de compras maiores, ampliando as chances para marcas e categorias serem escolhidas.
Segundo o estudo, os consumidores continuam a usar um número 20% maior de canais para as compras em comparação com quatro anos atrás, mas estão começando a aumentar a fidelidade às lojas preferidas – especialmente em relação àqueles que apresentam bom custo-benefício.
A omnicanalidade favorece a grande maioria dos pontos de venda, uma vez que as compras não estão concentradas em um único tipo de loja. Entretanto, nem todos se beneficiam da mesma maneira. Ao focar exclusivamente nos gastos dos compradores, e-commerce, lojas de conveniência e lojas de descontos despontam como líderes de crescimento, com aumento de 44%, 32% e 26%, respectivamente, em relação ao ano anterior. Enquanto isso, o canal tradicional é o que menos se beneficia, com alta de apenas 11%. Ainda assim, continua sendo o mais visitado na América Latina, abocanhando 32,5% do mercado.
Independentemente do canal, todos os formatos que mais crescem hoje são utilizados para compras maiores e menos frequentes. Por exemplo, as lojas de bairro contemplam 4,7 unidades por viagem, enquanto as lojas de descontos apresentam 8,7 e podem chegar até 18,6 dos atacadistas.
Uma das tendências de consumo na América Latina que se acelera na fase de consolidação do omnicanal é a expansão de marcas próprias. intimamente associadas ao aumento das lojas de descontos, elas estão experimentando um crescimento acelerado de dois dígitos a cada trimestre, com contribuições relevantes de Colômbia, Equador e México. Também está relacionada à crescente base e fidelização de clientes nesse formato.
Em números concretos, embora as marcas próprias tenham representado apenas 6% do total de unidades vendidas no segundo trimestre de 2024, elas contribuíram com 36% de crescimento no volume do período.
O material do segundo trimestre de 2024 contempla informações de nove países: América Central (Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá), Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru.
Fonte: Monitor Mercantil