Estamos vivenciando uma mudança significativa na maneira como as pessoas consomem produtos e serviços. Isso impacta em toda a cadeia de negócios, como bancos e empresas de cartão, que precisam se adaptar aos novos comportamentos e necessidades do cliente. Um exemplo disso é o conceito “see now, shop now” (na tradução livre – veja agora, compre agora). O novo foco das grandes marcas do varejo, a maioria do ramo da moda, é o investimento pesado para responder ao imediatismo de consumidores que demandam muito por estar cada vez mais conectados e querer acesso a tudo sem ter que sair de casa.
Essa tendência possibilita uma série de benefícios tanto para os consumidores, que desejam comprar o item logo que é lançado – durante semanas de moda, por exemplo – quanto para o comerciante que tem diversas possibilidades de divulgação de seu produto e, consequentemente, criar um maior retorno de compra.
O grande aliado para essa transformação do varejo é o e-commerce. Uma prova disso é que já é possível ver importantes grifes disponibilizarem ícones de coleções somente em lojas conceito, como as flagships, e na loja online que, neste caso, têm o poder de alcançar o consumidor em qualquer região do Brasil e do mundo.
A projeção de crescimento das lojas online é um fator que estimula este novo modelo comercial do varejo. Segundo o estudo Global Payments Report, da Worldpay, a previsão é que o e-commerce tenha um crescimento sustentável até 2020 no Brasil, totalizando US$ 65,2 bilhões e há muitos motivos para o otimismo, considerando todas as oportunidades geradas.
As redes sociais são as novas vitrines e os grandes impulsionadores de vendas. Basta um clique no perfil da loja e o cliente poderá ter o produto dentro de casa. Já existem, inclusive, empresas especializadas em alavancar as vendas no e-commerce com o apoio das redes sociais. Além de ver o produto, os consumidores podem comprar o item diretamente a partir do post, sem a necessidade de serem direcionados para outra página ou site da loja. Isso facilita a maneira de perceber o retorno de investimento do e-commerce de moda, já que uma resposta rápida é necessária devido à temporalidade das coleções.
É interessante notar que apesar dos consumidores estarem cada vez atiçados pelo desejo de compra, esses clientes principalmente a chamada geração Millenials, estão mais conscientes sobre o controle financeiro nas melhores formas de pagamento e de se gastar o dinheiro. Um sinal disso é a crescente popularidade dos cartões pré-pagos que deverão ter um aumento de 7% até 2020 (totalizando 11%) segundo o estudo Global Payments Report da Worldpay.
Em contrapartida, o uso do cartão de crédito deverá ter uma queda de 7% (totalizando 56%) no mesmo período. Ainda assim é o meio de pagamento mais usado, com 63% do mercado brasileiro, seguido do cartão pós-pago com 15% e as e-wallets com 12%. Apesar disso, é perceptível a tendência de aumento no uso dos cartões pré-pago – que deve ser considerado pelos lojistas.
As possibilidades para o e-commerce são vastas e vão além do site de compras tradicional. Se as pessoas desejam ter a opção de “ver agora e comprar agora”, também querem ter acesso de forma conveniente e eficaz. Estamos neste caminho e evoluindo rápido.
Fonte: Administradores