O papel da Inteligência Artificial e o que ela pode fazer pelo varejo foi tema de diversos debates na NRF 2018, maior congresso de varejo do mundo, que acontece em Nova York nesta semana. E ao contrário do que muita gente, a tecnologia pode ajudar o setor a criar empregos no setor e não a eliminar.
Segundo dados da Gartner, a tecnologia criará 2 milhões de postos de trabalho a partir de 2020. Dados do IDC mostram que em 2019, 40% dos varejistas irão desenvolver uma arquitetura de experiência ao cliente baseada em Inteligência Artificial.
Michelle Bacharach, co-fundadora e CEO da FindMine, empresa que usa técnicas de machine learning para criar outfits para produtos de moda, disse que a Inteligência Artificial não é um fim em si mesma. “Se você começar lá, você já terá falhado. Essa tecnologia é só um meio para resolver problemas”, disse.
Para Joe Jensen, vice-presidente e gerente geral de soluções de varejo da Intel, se o varejo tiver acesso a mais dados, eles serão beneficiados. A tecnologia dá aos varejistas mais informações e dados sobre o estoque e como os consumidores se comportam em lojas e ela se torna cada vez mais barata e fácil de usar.
Desafios
Nas lojas físicas, o varejo pode ver como os consumidores interagem com seus produtos diretamente, mas não as lojas não coletam dados o suficiente para transformar essa informação em estratégia.
“Nós realmente acreditamos que a loja física é como os consumidores preferem comprar”, acredita Jensen. O desafio, segundo o especialista, é que à medida em que os varejistas cortam custos, a experiência é impactada de forma negativa para os consumidores.
Essa equação precisa ser rebalanceada, segundo ele; assim, o varejo consegue posicionar melhor seus produtos.
Adotar tecnologia é um caminho sem volta, segundo os executivos. “O que mudou é que o varejo tem uma arma na sua cabeça. Isso nos ajudará a fazer a mudança que precisa ser feita e agir nas oportunidades”, afirmou Bernd Schoner, co-fundador e CEO da DeepMagic, uma startup que usa Inteligência Artificial para monitorar as atividades dos consumidores nas lojas.
Fonte: Novarejo