2017 foi um ano recorde para o fechamento de lojas e falência no varejo. Dezenas de grandes varejistas, incluindo Macy’s, Sears e J.C Penney fecharam cerca de 9 mil lojas e 50 redes abriram falência.
“O ano passado foi bem apocalíptico para os varejistas e os maiores problemas não mudaram. Continuará a ter um grande nível de falências e lojas fechadas”, foi o que afirmou Larry Perkins, CEO e fundador da consultoria SierraCostellation Partners.
Neste ano, segundo a Cushman & Wakefield, a expectativa é que mais de 12 mil lojas fechem – gerando um aumento de 33%. E, comparado com as 50 redes que abriram falência em 2017, as estimativas da empresa de imóveis é que mais 25 também sigam o mesmo caminho. Das 12 mil lojas estimadas, grandes redes como Walgreens, Gap e Gymboree já anunciaram seus planos de fechar mais de 3.600 lojas neste ano.
O início do ano é um período propício para o anúncio de fechamento de lojas e falência pois os varejistas lucraram com as festas de fim de ano e podem lidar com os custos associados. É irônico, mas há um alto custo em fechar as lojas e abrir falência.
E, de acordo com a S&P Global Market Intelligence, as empresas que estão mais propícias a abrir falência em 2018 são a Sears, Bon-Ton Stores, Bebe Stores, Stein Mart, entre outras.
Fechamento de shoppings
Com o fechamento das lojas, consequentemente os shoppings estão sofrendo. A empresa de imóveis CoStar estimou que 310 shoppings dos 1.300 existentes nos Estados Unidos estão com perigo de perder suas lojas “âncora” – e com isso, perder bastante fôlego.
As lojas âncora são as grandes lojas em shoppings com grande poder de atração de consumidores, como a Macy’s é nos Estados Unidos e a Renner e C&A em boa parte dos shoppings do Brasil. Com a perda das âncoras, o shopping enfrenta uma baixa no movimento que é refletido nas outras lojas. Como consequência, os varejistas podem pedir diminuição do aluguel e outros benefícios.
O fechamento dessas lojas é tão ruim para os shoppings que rendem processos. É o caso do Simon Property Group, um dos maiores operadores de shopping nos EUA, que processou o Starbucks após a rede planejar fechar 379 lojas – 77 destas em shoppings da empresa. Em dezembro, um juíz decidiu a favor da rede de shoppings.
Ao mesmo tempo, outras lojas abrirão
Enquanto algumas lojas estão falindo, outras estão ascendendo – principalmente as de desconto. Dollar General, Dollar Tree, Ross Stores e TJ Maxx são exemplos de varejistas que planejam abrir centenas de lojas neste ano.
E, entre os shoppings, apenas os que podem perder suas lojas âncora estão ameaçados.
Perkins, fundador da SierraConstellation, afirmou: “O varejo não está acabando. Nós apenas ficamos fora de controle com o volume de varejistas e lojas”.
Com isso, os varejistas que permanecerão são os que se destacam no seu propósito, ao mesmo tempo que trabalham em uma Nova Economia. A Nova Economia aposta na colaboração ao invés da competitividade e aposta na revolução pelo indivíduo aliado às novas tecnologias. Para saber como a Nova Economia vai impactar em nossas vidas ainda em 2018, participe do evento 2018 – A Revolução da Nova Economia.